InícioNotíciasGeralMP ingressa com representação contra juíza após soltura de presos

MP ingressa com representação contra juíza após soltura de presos

Presos em flagrante pela Polícia Militar de Araraquara foram liberados em diversas ocasiões; Magistrada pagou e serviu até lanches aos detidos

Revelado pelo Portal Morada na última quinta-feira (18), o caso dos indivíduos liberados pela Justiça mesmo após a prisão em flagrante feito pela Polícia Militar fez com que a Promotoria de Justiça Criminal de Araraquara ingressasse com uma representação contra  juíza de Direito Silvia Estela Gigena à Corregedoria-Geral de Justiça.

Além de liberar acusados por roubo e tráfico de drogas, a magistrada teria solicitado que os policiais servissem lanche aos suspeitos. Frente a recusa dos PMs, a juíza teria autorizado a refeição dentro do seu gabinete, o que revoltou os policiais e a opinião pública. Segundo o promotor Dr. Marinaldo Bazilio Ferreira, “não foi o Estado de São Paulo (Poder Judiciário) quem custeou a compra dos lanches servidos aos presos, mas, sim, ao que consta, a própria Magistrada”.

 

Outros casos
Para ingressar com representação na Corregedoria, o promotor levou em consideração outros casos cuja soltura foge da compreensão da Polícia Civil, Militar e do Poder Judiciário.

No último dia 13 de maio, uma mulher foi presa em flagrante após entrar com cerca de 100 gramas de maconha inseridas na vagina para entregar a  presos da Penitenciária de Araraquara. A droga teria sido adquirida, segundo ela própria, de um traficante local.

No Plantão Judiciário, o juiz de Direito plantonista acolheu pedido da Promotoria de Justiça e determinou a prisão preventiva pela gravidade do fato. No entanto, quatro dias depois, a juíza Silvia Estela Gigena – a mesma magistrada responsável pelo “caso dos lanches”, determinou a soltura da detenta sob a alegação de que ela era primária, “não faz parte do crime organizado e irá receber benefícios caso condenada”. A decisão foi tomada mesmo sem recurso por parte da defesa da acusada.

            
Vídeo mostra policiais se retirando do gabinete

O Portal Morada teve acesso à imagens que mostram o instante em que os policiais militares retiram as algemas dos detentos e se retiram do gabinete da juíza. Ainda segundo o promotor, os policiais não estão autorizados a servir refeição aos detentos, “por ordem superior e em razão de diplomas normativos que disciplinam a matéria, por questões de segurança e de saúde dos reclusos, tendo lhes sido, inclusive, determinado que retirassem as algemas de todos os custodiados”, declarou.  

 

Relembre o caso:

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