Com a entrada gratuita no dia da inauguração, a exposição tem formato inédito, com o principal intuito de mostrar o valor das mulheres na história do futebol brasileiro. A diretora de conteúdo do Museu do Futebol, Daniela Alfonsi, explicou a importância de retratar o futebol feminino e colaborar com o reconhecimento dos fatos. “Ouvimos os pedidos do nosso público e superamos uma lacuna do Museu do Futebol. Tornar mais conhecida a história da participação feminina no principal esporte do país visa também colaborar para o reconhecimento das atletas que há muito tempo batalham pelo direito de jogar bola”, destaca.
Os acervos foram recolhidos com o apoio dos clubes, centros de memória do Brasil e do exterior, além de contar com centenas de fotografias, recortes de jornais e documentos pertencentes aos arquivos pessoais das jogadoras.
Co-curadora da mostra e coordenadora do Centro de Memória do Esporte da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a professora Silvana Goellner, acredita que a mostra é uma oportunidade para o público conhecer a história envolvendo as mulheres no mundo do futebol. “Um fato desconhecido do grande público, por exemplo, é que durante quase 40 anos vigorou uma lei que proibia às mulheres praticar algumas atividades esportivas, dentre elas, o futebol. A modalidade só foi regulamentada em 1983 e as equipes que jogavam antes desse período chegavam a ser perseguidas. Mulher jogar bola já foi ilegal no Brasil”, comenta.
A exposição também homenageará 24 jogadoras da Seleção Brasileira desde 1988, a primeira formação, até 2015. Além de exaltar jogadoras como Marta, eleita cinco vezes a melhor do mundo pela FIFA e, Formiga, há 20 anos vestindo a camisa da seleção. A primeira árbitra FIFA do mundo, Léa Campos, ganha destaque e será homenageada na cerimônia da abertura.