É cada vez mais pungente a visão dos casos de corrupção e essa dor lacerante faz a descrença se tornar cada dia mais forte na mente de cada cidadão brasileiro.
Parte da culpa é diretamente de quem nos representa, mas a maior parte dessa sujeira vem justamente do povo, que consciente ou inconscientemente alimenta de “excrementos” cada engrenagem dessa máquina de destruição.
Antigamente, apesar da consciência quase intuitiva de que algo estava errado, acreditávamos que essa engrenagem era pequena e poucos a alimentavam. Com o advento da internet e suas redes sociais como Orkut, Facebook e, mais recentemente, o Whatsapp, cada pingo de sujeira é registrado em áudio e vídeo, documentos correm soltos e a cada visita nas redes sociais uma enxurrada de informações nos é apresentada. Como se não bastasse o insulto diário com notícias reais sobre “lambanças políticas”, ainda temos que conviver com Fake News.
Não seria obrigatório para cada cidadão o conhecimento mínimo dos deveres de quem nos representa? Não seria esse o caminho da mudança, instruir os jovens sobre o tema para quem sabe daqui uns 60 anos uma centelha de esperança surgir no horizonte?
Apesar de toda a descrença no sistema e nos poderes constituídos, ainda paira no coração de cada um encontrar a engrenagem limpa que possa ser o ponto de partida para um novo amanhã.
O problema é que o desespero por mudanças urgentes empurra a população ao encontro de salvadores sem salvação. O quadro atual é tão distante de que buscamos que qualquer faísca pode ser confundida com a luz no fim do túnel.
A busca não deve ser por “salvadores” e nem por “mártires fakes” e sim por conteúdo real e propostas palpáveis. Sem “menos pior”, sem preguiça de usar o senso crítico e sem medo de desconfiar de tudo que se ouve, vê ou é pregado.
Estamos a um passo do que acredito ser a última oportunidade de mudança. Bora aproveitar sem preguiça de pesquisar à fundo?
Boa sorte para nós!
