InícioNotíciasGeralOs primeiros dias de Edinho Silva à frente da Prefeitura de Araraquara

Os primeiros dias de Edinho Silva à frente da Prefeitura de Araraquara

Saiba como foi a agenda do prefeito que tomou posse no domingo (1). Edinho dedicou as primeiras horas do seu mandato a visitar as Unidades de Pronto Atendimento

 

Na tarde quente do dia 1º de janeiro, Edinho Silva (PT) foi empossado prefeito de Araraquara pela terceira vez. Eleito em 2 de outubro do ano passado, quando recebeu 41.220 votos (41,7% dos votos válidos), ele voltou ao cargo que já ocupou entre os anos de 2001 e 2008.

Eleito após uma acirrada campanha eleitoral, o petista, que ocupou o posto de ministro da Comunicação Social do governo Dilma Roussef até o impeachment da ex-presidente, falou aos cerca de 800 presentes, entre eles familiares, militantes e os 18 vereadores empossados na mesma ocasião,  sobre o desafio colocado para a população no ano em que Araraquara completa seu bicentenário. “Penso que os 200 anos tem que ser um instrumento para repactuarmos a cidade que queremos deixar para as futuras gerações”, afirmou.

“A solidariedade talvez seja o conceito que mais responda a esse momento histórico que estamos vivendo de crise política e institucional. A solidariedade é o antídoto do individualismo, do consumismo, da competição sem mediações. Porém, uma cidade solidária não existirá se não for participativa, em que todos se sintam sujeitos da construção histórica”, destacou o prefeito. 

Em seu discurso, Edinho, cujo partido está envolto na maior crise de sua história (Araraquara é a mais importante cidade do Estado de São Paulo comandada pela legenda),  conclamou a Câmara Municipal para a construção de uma agenda de interesses para Araraquara. “Sei que cada partido tem a sua leitura e a sua proposta de sociedade. Porém, também sei que a política de interesse social é a arte de juntar e nunca espalhar. É a arte de juntar em prol de um objetivo maior e o nosso objetivo agora é que Araraquara supere suas dificuldades”, destacou.

 

Visitas a UPA

Ainda no primeiro dia de janeiro, por volta de 21h, Edinho Silva visitou a UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) Central, localizada na Via Expressa. Na manhã do dia seguinte, o prefeito repetiu o gesto, dessa vez na unidade do Vale Verde, região do Selmi Dei.

Acompanhado de Eliana Honain, anunciada como secretária da Saúde, Edinho conversou com os usuários e também com médicos plantonistas e equipe de enfermagem. O objetivo oficial da visita foi verificar as condições estruturais da unidade, bem como os equipamentos disponíveis, instrumentos de trabalho e o tempo de espera.

“A melhor forma de entendermos os problemas é ouvindo quem utiliza o serviço. É nítido que precisamos melhorar muito a infraestrutura e vamos trabalhar para que tudo isso ocorra. Porém, algumas mudanças simples no sistema de acolhimento, as quais podem ser tomadas de imediato, já serão importantes para a população que hoje sofre muito no atendimento nas UPAs”, destacou o prefeito, sem pontuar quais seriam essas mudanças. 

Colocar em funcionamento um aparelho de Raio-x na UPA do Valle Verde teria sido o primeiro compromisso do prefeito com os funcionários da unidade.

 

Diálogo com a Câmara

A busca de base política também preencheu parte da agenda do prefeito. Com apenas 6 vereadores eleitos pela coligação que o apoiou, sendo quatro pelo PT e dois pelo PP, Edinho busca diálogo com partidos da oposição, como o PMDB e PSDB.

As articulações resultaram numa composição improvável para a eleição da mesa diretora do Legislativo. O tucano Jéferson Yashuda, considerado como moderado pelos colegas da casa, foi eleito Presidente, tendo o petista Édio Lopes como 1º secretário. Tenente Santana (PMDB) e Edson Hel (PPS) também foram eleitos como vice presidente e 2º secretário, respectivamente, em votação unânime.

O prefeito espera que até o final dessa primeira semana a Câmara vote a reforma administrativa, que extinguirá oito das vinte secretarias municipais. Uma sessão extraordinária pode ser realizada ainda essa semana para discutir o projeto e liberar, enfim, a nomeação dos secretários cujas pastas passarão por reformulação.

 

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