Uma escola particular de Araraquara está acionando judicialmente o pai de uma aluna que invadiu uma videoaula e abaixou a roupa durante a transmissão online. Mais de 20 crianças do primeiro ano com idades entre 6 e 7 anos acompanhavam o conteúdo quando o homem apareceu na câmera, por trás da filha, abaixou a roupa e mostrou as nádegas.
A aula estava sendo gravada pela escola que, imediatamente, teria interrompido a transmissão para preservar os alunos. O fato ocorreu na quinta-feira (30) e, neste sábado, dia 2, o Portal Morada teve acesso à imagem da plataforma (acima).
Em entrevista à reportagem, a diretora mantenedora da escola Objetivo, Mônica Abed Zaher, disse que logo após o fato a escola tomou providências e encaminhou o caso para o seu departamento jurídico. O pai será acionado na justiça e poderá responder a um processo criminal.
“O que ficou claro é que isso realmente ocorreu. Temos as imagens, a gravação, isso está com o nosso jurídico desde quinta-feira. A aluna acabou sendo exposta pelo pai, infelizmente. A nossa preocupação maior é com essa aluna que não tem a menor culpa do que aconteceu”, disse a diretora.
A aula foi retirada do sistema, editada e depois postada novamente para que os alunos não tenham o conteúdo prejudicado. “Nós entendemos que isso foi um assédio sobre os nossos alunos. Embora tenha acontecido sem a responsabilidade da escola, mas a escola foi lesada por ter a imagem exposta e os alunos assediados”, ressaltou Mônica.
O Portal Morada não conseguiu localizar o homem que invadiu a videoaula e abaixou a roupa, na frente da câmera, para ouvir a sua versão.
Presidente da OAB
Em contato com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), de Araraquara, Dr. Tiago Romano, ele ressaltou que as imagens revelam uma gravidade muito grande e, realmente se caracterizar que a intenção desse pai era aparecer nu na frente das crianças, pode caracterizar ato obsceno”, disse Romano.
O presidente da OAB ressaltou ainda que o caso deve ser averiguado com rigor pelo Poder Judiciário para saber qual foi a real intenção do homem. “Pelo fato de ter crianças, pode se caracterizar crime mais grave, comprovado o contexto dos fatos. Além da responsabilidade civil, pois as crianças estavam participando de uma videoaula administrada por uma instituição de ensino, que precisa garantir que essa ferramenta é hábil ao aluno. Então pode resultar em indenização por danos morais e materiais das outras crianças”, disse o presidente da OAB.