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Pequenos varejistas puxam geração de emprego em Araraquara

Estabelecimentos de menor porte abriram mais postos do que todo o varejo

Os pequenos estabelecimentos varejistas de Araraquara, com até quatro empregados, têm se destacado na geração de empregos formais na cidade e amenizado a crise no mercado de trabalho local. Essa fatia de empresas encerrou o mês de junho com o saldo positivo de 76 postos de trabalho, resultado puxado, principalmente, pelas 27 vagas abertas no segmento de vestuário, tecidos e calçados. O desempenho é melhor do que o total do comércio varejista do município, que fechou o sexto mês do ano com novos 37 postos de trabalho.

As informações foram apuradas pela assessoria econômica da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. O estudo foi apresentado na reunião mensal da Coordenadoria Sindical Nordeste da FecomercioSP, realizada nessa sexta-feira (11), pelo Sindicato do Comércio Varejista de Araraquara (Sincomercio).

Os dados do período demonstram que, apesar de a crise pressionar o mercado de trabalho como um todo, no caso do varejo, as pequenas empresas do setor amenizam um saldo que poderia ser pior ou potencializam a geração de vínculos, segundo a FecomercioSP.

Na análise do primeiro semestre, enquanto o varejo de Araraquara perdeu 185 postos de trabalho formal, os estabelecimentos com até quatro empregados geraram 133 vagas. Já naqueles com cinco funcionários ou mais, a queda é ainda maior, com um saldo negativo de 318 vagas nos seis meses.

O estudo mostra que, no acumulado de 12 meses até junho, o varejo de Araraquara fechou 83 postos de trabalho formal. Os varejistas com até quatro empregados novamente se destacaram, com 320 novos vínculos trabalhistas formais.

De acordo com a Federação, os pequenos estabelecimentos destoam do restante do varejo principalmente por terem menor capacidade de se manterem de portas abertas caso diminuam o quadro de funcionários. Além disso, trabalhadores formais que perderam seus empregos na crise migraram para o campo do empreendedorismo, resultando em um aumento de micro e pequenas empresas. Por fim, o próprio DNA do pequeno varejo, de estarem localizados em bairros e próximos aos seus clientes, contribui para a manutenção do negócio.

 

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