Coordenado pelo Instituto de Pesquisa do para o Câncer (IPEC), em Guarapuava (PR) e a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP), um estudo multicêntrico está sendo realizado com o objetivo de encontrar correlações genéticas com a covid-19.
O estudo pretende descobrir se existe um fator genético que torna uma pessoa mais ou menos propensa a desenvolver quadros de maior gravidade da doença. Além disso, nossas abordagens também poderão auxiliar na busca de possíveis alvos terapêuticos.
A covid-19 possui alguns fatores de risco como idade avançada, obesidade e a presença de comorbidades como câncer, diabete e doenças cardiovasculares. Além disso, os homens são levemente mais propensos a morrer de covid-19 do que as mulheres. Todos estes fatores, no entanto, não explicam por que certos pacientes jovens ou sem comorbidades desenvolvem quadros graves. Haveria fatores genéticos inerentes a determinados indivíduos que os tornam mais propensos a desenvolver formas graves da doença? Se existem, quais seriam tais fatores? Mais além, entre as centenas de variedades de SARS-CoV-2 em circulação no Brasil e no mundo, quais são as mais graves e por quê?”.
São essas perguntas que a pesquisa genômica buscará responder. O estudo será composto com pacientes que contraíram o novo coronavírus, divididos em três grupos: um grupo de pacientes com quadro clínico grave e mantidos em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) com ventilação pulmonar; outro formado por pacientes com quadro clínico moderado, internados na enfermaria, que foram curados sem a necessidade de transferência para a UTI; e o último grupo formado por pacientes com quadro clínico leve ou assintomáticos em isolamento social. As pesquisas também terão um olhar especial em casos de síndrome respiratória aguda grave com evolução clínica atípica
Fazem parte do grupo da Faculdade de Ciência Farmacêuticas de Araraquara (UNESP) as Professoras Valéria Valente, Christiane Pienna Soares, Chung Man Chin, Ana Marisa Fusco de Almeida e Maria José Soares Mendes Giannini. O Professor Marcos Ado Arbex, da Faculdade de Medicina da UNIARA é membro colaborador da Rede Genômica, com o apoio da Prefeitura de Araraquara e da Secretária de Saúde de Araraquara
Instituições que participam
O projeto será desenvolvido pela Rede Genômica IPEC/Guarapuava, com pesquisadores de 12 instituições de pesquisa paranaenses: a Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Universidade Estadual do Paraná (Unespar) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR), Faculdades Pequeno Príncipe (FPE-Curitiba), Instituto Carlos Chagas (Fiocruz/PR), Laboratório Central do Estado do Paraná (LACEN), Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), além de quatro instituições paulistas: Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, Faculdade de Ciências Farmacêuticas (UNESP-Araraquara), Universidade de Araraquara (Uniara) e a Faculdade de Medicina de Marília (Famema). A iniciativa também agrega parcerias com professores da USP Ribeirão Preto, da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP e com a universidade americana de Illinois, entre outros.