À princípio inofensiva, a prática de soltar pipas, bastante comum no período de férias escolares, pode se tornar perigosa quando associada ao uso de cerol (espécie de cola preparada com vidro moído) ou linha chilena.
Essa última é a mais usada atualmente para as disputas de pipas, quando o objetivo é cortar a linha de outra em pleno ar. Para dar mais precisão ao corte, a linha chilena é confeccionada com cola de madeira e óxido de alumínio e corta quatro vezes mais do que o tradicional cerol. Apesar de ter a comercialização proibida, esse tipo de linha pode ser visto em vários bairros de Araraquara – compradas facilmente em estabelecimentos comerciais ou pela internet.
Para coibir o uso do produto, a Guarda Civil Municipal, Polícia Militar e Conselho Tutelar prometem desenvolver uma operação conjunta para apreender o material e localizar quem faz uso do mesmo.
No último final de semana, em Araraquara, uma ação foi desencadeada no Valle Verde, na região do Selmi Dei. Foram apreendidas mais de 100 pipas com cortante com cerol e linha chilena. Um balanço da operação aponta que a maioria do que usam esses materiais são maiores de idade, já que o custo pode chegar a R$ 120,00.
A operação deverá se estender durante os próximos finais de semana, quando é maior a concentração de pessoas empinando pipas, em diferentes bairros da cidade.
