O Diretório Municipal do PMDB de Araraquara subiu o tom das críticas ao PT, possível adversário do partido na cidade em 2016, e criticou a criação de novos impostos como medida para sair da crise econômica.
Em nota, o partido, que possui a maior bancada na Câmara Municipal, além de lideranças como o atual prefeito Marcelo Barbieri e o secretário de Governo Boi, pré-candidato à sucessão, acusa o PT de trair seus eleitores. “Depois de trair seus eleitores, corroendo com os programas sociais, como o Minha Casa Minha Vida, Pronatec, bem como repasses para a saúde, o Governo do PT quer impor mais sacrifícios ao povo brasileiro e aos municípios, criando mais impostos que vão atingir as camadas mais pobres da população”.
Em seguida, o texto critica a postura do próprio partido, que integra o governo federal com ministérios e deve ser contemplado com novas pastas na reforma que a presidente Dilma deve confirmar até o final de semana. “O PMDB de Araraquara reunido, nesta cidade, vem alertar aos membros do partido em Brasília, que não é hora de ocupar cargos em ministérios, mas sim de buscar um novo caminho reunificando as forças vivas da nação contra esse descalabro que está sendo cometido no Brasil”.
No trecho mais contundente, o PMDB local pede o afastamento da presidente da República. “Propomos o afastamento imediato, de acordo com a Constituição, da Presidente da República pela traição ao programa pelo qual foi eleita, razão mais do que suficiente para tal, e que o PMDB se abstenha de aceitar ministérios nesse momento”, completa.
Aumento de impostos
O texto é duro em relação ao aumento de impostos no Governo Federal e foi publicado no mesmo dia em que a Câmara de Araraquara vota dois projetos que podem elevar impostos na esfera municipal. Na sessão desta terça-feira (29), os vereadores analisam projeto enviado pelo Executivo – comandado, portanto, pelo mesmo PMDB – que propõe um reajuste de 9% em todos os valores imobiliários atualizando o valor do IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano. Outra proposta que será discutida pela Câmara, também de autoria do Executivo, faz alterações na Lei que instituiu a Taxa de Resíduos Sólidos, destinada a custear os serviços de coleta, transporte, transbordo, tratamento e disposição final de resíduos sólidos domiciliares, e fixa o valor da Taxa de Resíduos Sólidos de que trata referida lei para o exercício de 2016.
A expectativa do governo municipal é que ambos os projetos sejam aprovados com apoio da bancada do PDMB e os demais partidos da base governista