A professora de educação física Cristiane Pereira de Souza Francisco, da Escola Estadual Antônio de Oliveira Bueno Filho, de Araraquara, está entre os dez vencedores do Prêmio Educador Nota 10, uma iniciativa da Fundação Victor Civita para a valorização do trabalho docente e a disseminação de práticas educativas de sucesso.
Cristiane concorreu com o projeto "Bolinhas de Gude: Descobrindo outras formas de ensinar, aprendendo outros jeitos de aprender". Nos meses de outubro e novembro do ano passado, ela entregou bolinhas de gude para os alunos do 1º ano do Ensino Fundamental e deixou que eles brincassem sem regras nem intervenções. "A maioria não sabia jogar bola de gude. Então eu dei as bolinhas e deixei que eles brincassem como quisessem. Eles perceberam que podem modificar as regras ou até mesmo construí-las. Eles se deram conta de que têm voz, que as coisas não precisam ser impostas", diz.
A professora ganhará um vale-presente no valor de R$ 15 mil e um ano de assinatura digital das revistas Nova Escola e Gestão Escolar. A Escola Estadual Antônio de Oliveira Bueno Filho também receberá um vale-presente no valor de R$ 1 mil.
A premiação dos dez vencedores e a divulgação do Educador do Ano ocorrerá no dia 30 de outubro, em São Paulo.
Finalistas
Outras duas professoras da rede estadual de ensino ficaram entre os 50 finalistas do Prêmio Educador Nota 10. A professora de português Rafaela Cristina Stéfano, da Escola Estadual Professor André Fort, de Campinas, inscreveu o projeto "Criando e Desvendando Contos de Mistério". Ela analisou contos de mistério com os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental e estimulou que eles escrevessem histórias em duplas ou trios, produzissem ilustrações e escolhessem pseudônimos caso desejassem preservar suas identidades. Posteriormente, os contos foram publicados em um e-book.
A coordenadora pedagógica Roseli Cristina Pacheco Catanozi, da Escola Estadual José Teixeira do Amaral, de Urânia, também foi selecionada para o top 50. Ela implantou o projeto "Caravana da Leitura", em que todos os alunos e profissionais da escola saem para ler em voz alta em praças, asilos, creches e no transporte público. Além de engajar os estudantes, o projeto favorece o envolvimento de professores e funcionários pela relevância social do trabalho que realizam na cidade.
