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‘Reizinho do Canindé’, Dener completaria 49 anos

Qual o peso da saudade? Se você citar o nome Dener e perguntar para qualquer torcedor da Portuguesa ou para algum amante do futebol brasileiro, certamente a resposta será: muito grande. Nascido no dia 2 de abril de 1971, o ex-atacante lusitano, que teve a sua carreira abreviada, completaria 49 anos.

Dener Augusto de Sousa, ou somente Dener, nasceu em São Paulo, mais precisamente na Vila Ede, zona norte da capital paulista. Com uma infância marcada pelo futebol e por ajudar nas despesas domésticas, Dener iniciou a sua trajetória na Portuguesa, onde despontou para o Brasil. 

Após a conquista do Campeonato Paulista Sub-20, em 1990, Dener fez história ao ser campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior no ano seguinte no time que era comandado pelo técnico Écio Pasca, que ainda tinha craques como Tico e Sinval.

Alçado ao profissional, o “Reizinho do Canindé”, como passou a ser chamado, continuou a desfilar o seu talento dentro das quatro linhas com dribles desconcertantes e belos gols que alinhavam técnica e habilidade. Em 1993, foi emprestado ao Grêmio e apesar do pouco período pelo Rio Grande do Sul, tornou-se campeão estadual. Dener retornou ao Canindé, onde encerrou a temporada com a camisa rubro-verde. 

No ano sequinte, foi emprestado ao Vasco. Pelo clube carioca, Dener chegou a atuar em 17 partidas, anotando cinco gols. Em meio à disputa do Campeonato Carioca, o jogador faleceu ao sofrer um trágico acidente automobilístico. Naquele ano, o Vasco ficou com o título carioca.

Dener ainda chegou a ter oportunidades na Seleção Brasileira, colecionando onze partidas, sendo cogitado a ser convocado para a Copa do Mundo de 94, nos Estados Unidos, onde o Brasil conquistaria o tetracampeonato mundial.

 

Parceria

Também formado nas categorias de base da Portuguesa, o ex-jogador Roque pôde vivenciar de perto o comportamento de Dener. “Eu era o mais novo da equipe e vira e mexe ele me dava carona até o metrô. Sempre ia para o shopping com ele. Era um cara super comunicativo e de um coração gigante. Um fato que me marcou muito foi que um dia após o treino, ele abriu o porta-malas do carro e deu chuteira para quase todos os jogadores da base”, relembrou.

Roque também viu de perto a conquista da Copa São Paulo de Futebol Júnior, em 1991. “Aquela equipe tinha vários jogadores talentosos, mas o Dener faço uma simples comparação: o que o Messi é para o Barcelona, o Dener era para a Portuguesa. Ele decidiu 90% dos jogos. O Tico vinha na sequência e eram as duas referências de nossa equipe”, afirmou.

O ex-atleta da Lusa ainda falou do futuro brilhante que Dener teria se não tivesse a carreira abreviada. “Ele tinha uma personalidade muito forte e era um cara de palavra. Ele falava que preferia dar uma caneta do que fazer o gol. Certamente teria criado a sua história no futebol brasileiro com destaque como a do Ronaldo, Neymar entre outros mundialmente falando”, finalizou.
 

 

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