O acervo do Museu Histórico Voluntários da Pátria, no que diz respeito à Revolução de 1932, está dividido neste mês de julho, resultando em duas exposições: uma no próprio Museu e a outra na Cidade Mirim da Polícia Militar.
No Museu Voluntários da Pátria estão em exposição algumas medalhas, documentos e um vídeo contanto como foi a revolução. O documentário, com aproximadamente 40 minutos, é uma produção da década de 80 que conta como foi e porque ela é comemorada até os dias de hoje.
Já a maior parte do acervo do Museu, mantido pela Prefeitura de Araraquara por meio da Secretaria Municipal da Cultura e Fundart, foi cedida para a Polícia Militar, que realiza uma exposição de longa duração na Cidade Mirim. Objetos, fotos, recortes de jornais e documentos referentes à Revolução de 1932 compõem a exposição. Entre as peças, é possível observar, por exemplo, o capacete e o gorro protetor de cabeça usados no uniforme dos paulistas no conflito bélico. Também, uma bandeira paulista pequena, confeccionada à mão, e medalhas de honra ao mérito alusivas à revolução, configuram na exposição.
Ainda, diversas fotografias retratam cenas da revolução na capital paulista e também combatentes de Araraquara – entre eles Diógenes Muniz Barreto, Bento de Barros, Valdomiro Machado – cidadãos que deram nomes às ruas de Araraquara.
A exposição também conta com um mini acervo doado pela população da cidade. “Muitos cidadãos entram em contato conosco para doação de materiais. Capacete e bandeira, por exemplo, conseguimos por meio de doações e, essas peças já estão expostas na Cidade Mirim”, aponta o Tenente Rogério, lembrando que as doações continuam.
A data de 09 de Julho marca o início da Revolução Constitucionalista de 1932, movimento que cresceu após a morte de Mário Martins de Almeida, Euclides Miragaia, Dráusio Marcondes de Sousa e Antônio Camargo de Andrade por tropas getulistas, em 23 de maio de 1932, durante protesto na cidade de São Paulo.
Em Araraquara, 541 voluntários se alistaram para frente de batalha.
Bento de Barros, Diógenes Muniz Barreto, Joaquim Alves, Joaquim Nunes Cabral, José Cesarini e Waldomiro Machado – os seis araraquarenses que perderam suas vidas durante a Revolução – hoje, são reconhecidos como “Heróis de Araraquara”, título que também denomina o Núcleo “MMDC” da cidade, que preserva o legado dos Soldados Constitucionalistas.