Na noite desta terça-feira (14), em frente à Câmara Municipal de Araraquara, os servidores municipais se reuniram em assembleia e aprovaram por unanimidade o estado de greve.
O SISMAR (Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região) protocolou no dia 12 de abril deste ano uma lista com 61 itens referentes à data-base e ao PCCV (Plano de Cargos Carreiras e Vencimentos) dos servidores municipais. No documento, a categoria solicita um reajuste salarial de 7,25%.
As reivindicações, no entanto, foram ignoradas pelo legislativo que enviou, após deliberação com um comitê de servidores, a proposta de 5% de reposição salarial e um bônus assiduidade de R$ 120,00 reais mensais no vale alimentação, com uma trava onde qualquer falta de qualquer natureza leva os servidores a perder o benefício no mês seguinte. Incluídos na ordem do dia desta terça-feira, os projetos foram aprovados por unanimidade e passam a valer apenas para o mês de junho.
Uma assembleia foi convocada pelo SISMAR, em frente à Câmara Municipal, para deliberar a respeito das propostas apresentadas e foi decidido por unanimidade, notificar a GRTE (Gerências Regionais do Trabalho e Emprego), o MPT (Ministério Público do Trabalho), a Prefeitura Municipal e a Câmara dos Vereadores sobre o Estado de Greve, constituir uma comissão de servidores para debater a pauta da data base e a elaboração do acordo coletivo de trabalho e pedir uma audiência pública por setor e por categoria com a participação de servidores, sindicato, vereadores e representantes do governo para a construção de um PCCV com a colaboração real dos servidores.
A revolta dos trabalhadores surgiu, segundo o SISMAR, frente ao descaso do poder executivo, que além de ignorar o documento protocolado em abril, desrespeitou o acordo costurado com a comissão de servidores e enviou à Câmara inicialmente uma proposta de reajuste parcelado, com 2% em maio, 1,5% nos meses de janeiro e fevereiro de 2020 e passava o prêmio assiduidade anual para o ticket no valor de R$ 120,00, com uma trava que punia o servidor que faltasse por mais de 4 vezes, com 6 meses sem receber o prêmio.
O novo projeto só foi apresentado após a pressão feita pelo SISMAR (Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região) em reuniões com os vereadores na Câmara Municipal, após a discussão entre o prefeito e o sindicalista Marcelo Roldan no Jornal da Morada e uma pesada campanha em outdoors espalhados pela cidade apresentando os reais vencimentos de diversas funções.