Um tumulto marcou o início da sessão ordinária da Câmara Municipal de Araraquara nesta terça-feira (10). Manifestantes pró-direitos LGBT+ estenderam uma faixa no plenário com dizeres considerados ofensivos por alguns vereadores, forçando a interrupção da reunião.
Com os dizeres “Eu sou passiva mas meto bala. Se quiser tapar meu cu com a sua bíblia eu meto bala”, um grupo de parlamentares se recusou a dar continuidade aos trabalhos enquanto o material estivesse exposto.
O presidente Jéferson Yashuda e outros vereadores tentaram negociar com os manifestantes a retirada do material, que só ocorreu após a chegada da Polícia Militar. “A Câmara está aberta ao diálogo e não cerceou a liberdade de expressão. Entretanto, é preciso ponderação nas manifestações que são realizadas aqui”, falou o parlamentar.
Levantando cartazes e dizendo palavras de respeito e igualdade, os participantes acusaram outro grupo de praticar intolerância. “Temos pais e mães de LGBTs participando deste ato. Estamos lutando contra a intolerância e preconceito que o grupo está pregando”, afirmaram os organizadores.
O clima ficou ainda mais tenso quando o grupo LGBT+ se encontrou com manifestantes que também protestavam em frente à Câmara. Após convocações via redes sociais, o movimento “Endireita Araraquara” realizou a “Marcha pela Família Araraquara”.
Segundo Rodrigo Barbosa Ribeiro, um dos responsáveis pelo movimento de direita, o grupo apenas exerceu sua liberdade de expressão. “Estamos realizando um ato democrático e pacífico. Estamos defendendo a família cristã contra atos que consideramos ofensivos”, destacou Rodrigo.