Recentemente, o jornal Daily Mail publicou uma pesquisa realizada pelo site Netmums que aponta que, após maternidade, 75% das mulheres fazem menos sexo. Mas, por que será que isso acontece?
Segundo Tatiana Leite, terapeuta de casal e família com especialização em Sexualidade Humana, a gravidez é um processo que envolve alterações profundas, com mudanças físicas, emocionais e sociais. Assim, acaba sendo necessário refletir e reajustar o papel da mulher em todas as dimensões citadas.
“Percebemos que, muitas vezes, ocorre uma cisão entre sexualidade e maternidade, a mulher tem uma sensação de ambivalência, temores de não voltar ao corpo anterior à gestação, ficar flácida após o parto, entre tantas outras incertezas. Todos esses medos têm um impacto simbólico e profundo na mente feminina”, afirma a terapeuta.
Ela afirma que, durante suas consultas no pré-natal, é importante que as mulheres abordem com os profissionais de saúde quais alterações fisiológicas têm percebido no seu corpo. Dessa maneira, será possível compartilhar com o parceiro a influência dessas mudanças na vida sexual. Isso permite que a gestante tire as suas dúvidas e fantasias em relação ao sexo durante a gravidez, que podem acabar por interferir no seu desempenho sexual.
“Já sabemos que uma boa vida sexual precisa de um toque de espontaneidade e imprevisibilidade. Permita-se alguns prazeres no dia a dia, como um banho demorado, um jantar a dois ou com amigos, atitudes simples como essas farão com que você se sinta viva. Lembre-se que o sexo é mais do que uma relação sexual, após a maternidade você pode se distanciar do seu parceiro e a aproximação é o primeiro passo para o casal se sentir conectado”, recomenda.
Investir em beijos, carícias, palavras de carinho e muito bom humor pode ajudar a encarar as dificuldades do dia a dia e ampliar as possibilidades para, aos poucos, retomar a vida sexual.
