A secretaria municipal da Saúde de Araraquara confirmou que são 7 o número de casos suspeitos de coronavírus no município. É considerado suspeito o caso de pessoas que estiveram no exterior ou tiveram contato com quem esteve e, nos dias seguintes, apresenta sinais de gripe.
O número de casos suspeitos subiu desde o início da semana – eram quatro até a semana passada. O primeiro caso suspeito no município, o único que já teve o resultado divulgado, deu negativo para corona.
A secretaria da Saúde aguarda os próximos resultados, que devem ficar prontos nos próximos dias.
Suspensão das aulas
Em entrevista ao Jornal da Morada, na manhã desta terça-feira (17), o prefeito Edinho Silva explicou os motivos das aulas na rede municipal ainda não terem sido canceladas. Segundo o prefeito, essa medida será adotada, mas é preciso preparar a rede e as famílias, já que muitas pessoas trabalham e não tem com quem deixar os filhos durante esse período. Quando nós pararmos, tem que entender que será para 45 ou 60 dias. O Brasil ainda não tem noção de quando a doença chegará no pico”, disse o prefeito.
“Não tenho dúvida de que estamos diante de uma situação gravíssima, mas precisamos passar por isso de forma equilibrada. O coronavírus vai chegar na cidade, porque o ritmo de transmissão é acelerado em São Paulo e nós somos um polo regional; as pessoas transitam e viajam para o exterior. Mas as medidas têm que ser racionais e organizadas”, defende o prefeito, que no último domingo (15), em reunião com o secretariado, decidiu criar um Comitê de Contingência do Coronavírus da Prefeitura.
Uma das medidas que estão sendo definidas é a paralisação da rede municipal de educação, que deverá ser feita a partir da próxima semana, após a criação de uma rede de atendimento à merenda escolar e de atendimento às mães que não têm com quem deixar seus filhos.
“Evidente que vamos parar a rede municipal de ensino, assim como o Estado e a rede privada estão fazendo , mas é preciso que haja organização. Estamos nos reunindo hoje com as equipes de educação para darmos um retorno às mães, porque temos crianças que se alimentam na escola e também temos mães que precisam de uma rede de acolhimento, porque não têm onde deixar seus filhos e precisam trabalhar”, aponta Edinho. “Tudo está sendo combinado. A educação infantil é até mais complicado, porque as crianças são menores, mas também estamos organizando a educação fundamental, para que possamos manter um sistema de atendimento à merenda escolar e organizar o transporte dessas crianças. Até o final desta semana vamos explicar como todo esse processo vai funcionar”, garante ele, informando ainda, em resposta a reclamação de falta sabonete em unidades escolares, que a empresa responsável pelo fornecimento do produto já foi acionada e alertada para que não deixe faltar sabonete em nenhuma unidade.