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Toneladas de lixo deixam de ser coletadas em Araraquara

Ontem (15), aproximadamente 190 toneladas de lixo domiciliar ficaram sem recolhimento na cidade

No último dia (15) de fevereiro, foi realizada na Câmara dos Vereadores uma sessão com o representante da empresa terceirizada Urban, juntamente com um grupo de coletores, para relatar as dificuldades encontradas pelos trabalhadores ao executarem a coleta de resíduos domiciliares no município de Araraquara.

Com a adoção do novo modelo implementado pela Ação Civil Pública nº 0011445-62.2017.5.15.0006, os coletores de lixo foram proibidos de apoiarem-se nos estribos dos caminhões.

“É desgastante entrar e sair da cabine do caminhão ou do carro de apoio que vai atrás do caminhão a cada lixeira. Os coletores estão sofrendo com essa mudança. A cidade vai sofrer também. Não iremos conseguir fazer a coleta com esse modelo que a sentença judicial do Ministério Público está exigindo”, explica Deijane Conceição, gerente da empresa Urban.

Devido a essa alteração, 190 toneladas de lixo deixaram de ser coletadas na terça-feira (15) e algumas regiões da cidade já começam a sentir os efeitos desta mudança. Bairros como Vila Xavier, Santa Clara, Jardim América, Parque São Paulo, dentre outros, ficaram sem o recolhimento de resíduos.

A falta de coleta é justificada pois os estribos dos caminhões compactadores eram utilizados pelos coletores para locomoção, além de servir como uma plataforma de descanso. Com a retirada dos estribos, o trabalho de coleta se tornou mais exaustivo e menos satisfatório, demandando assim, maior esforço físico dos coletores, o que provocou atrasos aos serviços prestados.

Em nota, a prefeitura de Araraquara informa que a situação é preocupante e começa a colocar em risco a saúde pública da cidade. O Município espera a audiência entre o sindicato da categoria e o Ministério Público do Trabalho para que uma solução seja construída e a limpeza pública retorne à normalidade. Esse período é crítico, já que o acúmulo de lixo e as chuvas podem proporcionar condições favoráveis à propagação da dengue, além de outras doenças oriundas da precarização dos requisitos sanitários.

É importante enfatizar que, caso a Ação Civil Pública imposta pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) seja descumprida, o Departamento Autônomo de Água e Esgotos (Daae) estará sujeito a pagar multa diária.

Tentativa de resolução

Na próxima quinta-feira (17), uma reunião entre o Ministério Público do Trabalho e o sindicato, que representa a categoria, será realizada para debater questões a respeito do modelo de trabalho dos coletores.

Lucas Molinari

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