A empresa Electrolux do Brasil comunicou oficialmente ao Comitê Sindical de Empresa (CSE) e ao Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos e Ibaté, na última terça-feira (11), a intenção de desligar 160 trabalhadores, sob a justificativa de excesso de pessoal.
A medida causou preocupação entre os funcionários e mobilizou lideranças sindicais.
Na tentativa de evitar as demissões, o CSE e o Sindicato realizaram uma série de reuniões ao longo da semana passada, apresentando propostas como a adoção de lay-off — suspensão temporária do contrato de trabalho com garantia de retorno — e a concessão de férias coletivas.
A empresa, porém, aceitou apenas as férias coletivas, recusando o lay-off.


Diante do impasse, a empresa iniciou conversas com o Sindicato para a criação de um Plano de Demissão Voluntária (PDV), que deverá oferecer incentivos financeiros e benefícios adicionais aos trabalhadores que optarem por aderir à iniciativa.
O CSE e os Metalúrgicos informaram que seguem acompanhando de perto as negociações e cobraram transparência no processo.
A empresa, por sua vez, se comprometeu a divulgar em breve as regras do PDV, a data de abertura para adesão e as áreas que poderão ser contempladas.
A situação segue em negociação e deve ter novos desdobramentos nos próximos dias.
No ano passado, a empresa fez investimentos em tecnologia na fábrica de São Carlos.
Segundo o engenheiro Oscar Tavares Neto, o investimento implantou uma nova linha de produção e transformou a unidade são-carlense na mais automatizada e moderna do grupo. Na época, a unidade possuía 2031 colaboradores, sendo 72,2% homens e 27,8% mulheres.
Fonte: Primeira Página – Fotos: divulgação Electrolux