O Governador João Doria anunciou nesta quarta-feira (29) que o uso de máscaras de proteção passará a ser obrigatório para passageiros do Metrô, da CPTM, dos ônibus intermunicipais da EMTU nas regiões metropolitanas e dos ônibus rodoviários fiscalizados pela Artesp. O decreto com as regras será publicado amanhã no Diário Oficial e a medida passa a valer a partir da próxima segunda-feira (4). O uso de máscaras também será obrigatório nos ônibus da Prefeitura de São Paulo.
"Tenho certeza que essa medida será seguida também por decretos municipais dos demais prefeitos do Estado de São Paulo para tornar obrigatório o uso de máscaras no transporte coletivo. A obrigatoriedade é válida também para táxis e aplicativos, e a especificação será feita pelas prefeituras municipais", disse Doria.
A medida está alinhada com as ações que o Governo do Estado vem tomando para frear o ritmo de contaminação da COVID-19. "Usar máscara é uma medida de cuidado pessoal e um gesto que demonstra respeito a quem está ao seu lado. Se todos colaborarem, vamos juntos vencer o coronavírus e sair dessa crise", afirmou o Secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy.
Caberá às empresas e aos prestadores de serviços fiscalizar e não permitir a entrada e a permanência de pessoas sem máscaras no interior das estações, dos vagões e dos ônibus. "As empresas serão fiscalizadas pelos órgãos estaduais e municipais e advertidas se identificarmos o não cumprimento desta determinação. Depois da advertência, serão multadas", explicou o Governador.
Limpeza e higienização
Além da intensificação na limpeza e higienização nos trens, ônibus, estações e terminais desde o início da disseminação do novo coronavírus, a STM analisa, também, a viabilidade de passar a higienizar os trens e ônibus intermunicipais com equipamento que emite luz ultravioleta (UV). A tecnologia foi testada no Metrô em parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e poderá ser adotada na CPTM e na EMTU. O robô Hyperviolet C600 deverá ser um grande aliado no combate ao coronavírus, porque é eficaz, ágil e de baixo custo.
O aparelho tem a capacidade de desinfectar cada vagão ou veículo em até um minuto. O projeto foi idealizado no Brasil pelo piloto Lucas Di Grassi, com o conceito de protótipo realizado de forma técnica pela Zasso. A capacidade de desinfecção do equipamento depende da energia por área (joule/m2). Em uma aplicação com energia suficiente a capacidade de esterilização pode ser de 100%.