A proposta do prefeito Marcelo Barbieri (PMDB) de vender o prédio do antigo Pronto Socorro do Melhado deve ser rejeitada na Câmara Municipal.
A Administração também encontra grande resistência de aproximadamente 300 funcionários, de cinco secretarias ligadas à Vigilância em Saúde, que estão abrigadas no local.
Nesta sexta-feira, dia 13, uma comissão de vereadores formada por parlamentares da oposição e da base governista visitou o prédio e conversou com funcionários, que resistem deixar o local. Na saída, todos os parlamentares disseram ser contrários ao projeto do Executivo.
A intenção do Executivo é vender o prédio para pagar rescisões trabalhistas de funcionários da CTA – Companhia Tróleibus Araraquara, que serão demitidos com o fim das operações da empresa, que encerra as atividades neste final de semana. Em nota publicada nesta sexta-fera, a Prefeitura afirma que “O objetivo da Prefeitura é levantar recursos para honrar com seus compromissos. Esta é mais uma medida entre as já adotadas pelo Município que visa equilibrar a situação financeira da Administração devido a forte crise econômica que afeta o Brasil”.
Ainda de acordo com a Prefeitura, a escolha para alienar o imóvel é baseada em conclusão de visita técnica do Ministério da Saúde indicando que sua localização não é adequada para prestar atendimentos de assistência à saúde da população. “Em face disso, e considerando que aquela região já dispõe de equipamentos de serviços sociais, tanto na área da saúde quanto na área da educação, esportes, lazer e cultura, a alienação do prédio não prejudicará nenhum serviço prestado à população”.
O projeto para a venda do prédio já chegou à Câmara Municipal e deve entrar na pauta da sessão ordinária de terça-feira, dia 17, para votação. “Fomos surpreendidos com este projeto do Executivo. Quando nos reunimos com o prefeito ele garantiu que o município tinha dinheiro em caixa para pagar as demissões, portanto, hoje voto contra o projeto”, disse o vereador da base de governo JefersonYashuda (PSDB).
Para os parlamentares, é preciso sentar e encontrar uma nova alternativa, talvez, colocar outro prédio como garantia até que seja permitida a venda do atual prédio da CTA. Outro ponto discutido pelos vereadores é que quando a Prefeitura enviou o projeto de lei envolvendo a venda da CTA, havia a promessa de que o dinheiro das indenizações estava garantido. Isso, inclusive, respaldou o voto favorável de muitos parlamentares, dizem.
“O que podemos afirmar hoje para tranquilizar a população de Araraquara e os trabalhadores da área da Saúde é que o prédio do antigo Pronto Socorro não será vendido. Não é vendendo um prédio que oferece qualidade do serviço à população e dignidade aos trabalhadores que vai resolver o problema da falta de recursos para as indenizações”, afirmou João Farias (PRB).

