O processo movido pelos 18 vereadores da Câmara Municipal de Araraquara contra o jornalista José Carlos Magdalena, da Rádio Morada e TV Cultura Paulista, continua rendendo polêmicas.Dessa vez, a vaquinha prometida pelos parlamentares para ratear os custos do processo, que resultou na absolvição do jornalista, não foi aceita por todos os legisladores.
As custas processuais, estimadas em R$ 5.000,00 seriam divididas de forma igualitária entre os 18 vereadores que assinaram a ação. A fatia seria de R$ 277,80 para cada um. Sendo assim, o dinheiro não sairia dos cofres do Legislativo, ou seja, dinheiro do contribuinte.
Na sexta-feira da semana passada, dia 24, venceu o prazo estipulado pela Justiça para o pagamento. O depósito foi efetuado, mas o vereador Zé Luiz (PPS) “furou” o acordo e, na última hora, se recusou a colaborar com a “vaquinha”.
Segundo fontes ouvidas pela reportagem do Portal Morada, ele teria considerado que os custos processuais devem ser pagos pela Câmara de Araraquara, e não pelos próprios vereadores, como fizeram os outros 17. O vereador Zé Luiz, no entanto, nega que essa seja a justificativa. Ele declarou que não efetuou o pagamento na data prevista, mas combinou com o presidente da Câmara, vereador Jeferson Yashuda (PSDB), que efeturia o mesmo posteriormente. Ele nega que tenha se recusado a contribuir com a vaquinha.
Segundo informações obtidas pelo Portal Morada, a posição do vereador desagradou os demais colegas, que queriam colocar um ponto final nessa história que se arrasta desde o início da legislatura e provocou um grande desgaste na imagem da Câmara, já que o jornalista reverteu a sentença em segunda instância e teve o seu direito de expressão assegurado pelo colegiado.
Nos grupos de WhatsApp e nos corredores do Palacete Carlos Manço o assunto foi o mais comentado da semana pelos vereadores e seus respectivos assessores.