Entre janeiro e agosto desse ano, o município de Araraquara registrou 1.375 casos de furtos. O número é maior do que o total dos oito primeiros meses do ano passado, quando a Polícia Civil registrou 1255 casos.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo, a média, que já vinha alta, cresceu nos meses de julho e agosto, com mais de 200 casos em cada período (217 em julho e 214 em agosto). A última vez que houve mais de 200 casos de furto na cidade foi em novembro do ano passado, quando foram registrados 205. Considerando somente a região central de Araraquara, foram 14 casos no mês de outubro de 2021 contra apenas 4 casos no mesmo perímetro no ano passado.
Além do prejuízo com os arrombamentos e os materiais levados na ação criminosa, as vítimas relatam problemas para registrar a ocorrência, o que pode levar a uma subnotificação dos casos.
No último dia 10 de outubro, uma vidraçaria, localizada na Via Expressa, em Araraquara, foi alvo de furto. O registro da ocorrência, no entanto, só foi feito quatro dias depois. Segundo o responsável pelo estabelecimento, na primeira tentativa de denunciar o crime, feita no dia seguinte ao furto, um colaborador da empresa ouviu do atendente da delegacia que o atendimento demoraria cerca de 7 horas. “O colaborador foi até o plantão policial por volta das 09h da manhã, e foi orientado por um policial civil a aguardar, que só seria atendido as 16h”, disse à reportagem.
O colaborador desistiu do registro e a empresa só procurou a delegacia após o feriado. O prejuízo com ferramentais furtados do local, somado ao estrago causado pelo arrombamento e o investimento com segurança após o crime, ultrapassa a soma de R$ 15.000,00.
Outros comerciantes relatam situação parecida e, após um primeiro atendimento, a polícia técnica da perícia sequer foi acionada. Por isso, mesmo com imagens registradas pelos sistemas de monitoramento, há dificuldade na identificação dos envolvidos.