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“Março Amarelo” alerta para a prevenção de doenças renais em animais

O “Março Amarelo” é uma campanha inserida no calendário de meses temáticos de ações que visam a saúde e bem-estar dos animais. Essa ação alerta para os cuidados e para a prevenção de doenças renais dos pets, por isso é colorido de amarelo.

Giovanna Rossi Varallo, veterinária da Coordenadoria de Bem-estar Animal da Prefeitura de Araraquara, explica que a função dos rins não se limita à ‘filtração’ do sangue. “Eles também estão envolvidos no balanço hídrico, eletrolítico e acidobásico, bem como na síntese de alguns hormônios (eritropoetina, calcitriol, renina). Essa multifuncionalidade lembra o slogan do Bombril, que é ‘mil e uma utilidades’. Dessa forma, por desempenharem diferentes funções, é de se esperar que as injúrias renais culminem em sérios problemas a um organismo. Isto é, as complicações, conforme a gravidade e a cronicidade de um insulto nos rins, podem ser sistêmicas, graves, e podem evoluir para o óbito”, salienta.

Várias condições podem atuar como insultos nesses órgãos e, assim, favorecer a instalação e o desenvolvimento das lesões renais, que podem culminar em quadros agudos ou crônicos. “Desidratação, hipovolemia, infecções, toxinas, verminose, cálculos, traumas e fármacos estão entre os agentes etiológicos mais frequentes. Já que alguns medicamentos podem atuar como vilões, preste atenção nesta dica valiosa: medicar um animal sem orientação médica veterinária é e sempre será contraindicado. Não faça isso”, acrescenta Giovanna.

Os sinais clínicos associados à disfunção renal são inespecíficos e variados. Podem ser agudos, ou com curso insidioso e crônico. Além disso, a manifestação clínica do paciente pode sobrepor outras doenças, o que pode confundir os tutores quanto à real causa base do problema. Por isso, a avaliação do médico veterinário é primordial para a constatação do diagnóstico correto.

Diante do exposto, é importante prezar pela saúde e pelo bom funcionamento dos rins. Como? Leia com atenção os tópicos abaixo:

• Ofereça água limpa e fresca à vontade;

• Estimule o consumo hídrico: há várias estratégias para aumentar o consumo de água, especialmente para gatos. Fontes de água, água saborizada, cubos de gelo, vários bebedouros distribuídos pela casa, alimento úmidos (sachês) são ideias que costumam funcionar bem;

• Ofereça uma dieta de boa qualidade: pergunte ao seu médico veterinário qual a melhor ração/alimento que você pode oferecer ao seu pet. O profissional considerará uma gama de fatores para indicar a melhor dieta para ele;

• Estimule a micção: alguns animais retêm a urina por diferentes motivos. Esse hábito pode propiciar o desenvolvimento de infecções. Quando não estiver associada a processos mórbidos, talvez aumentar a frequência de passeios (com coleira e guia) possa ajudar. Sempre mantenha as caixas de areia dos gatos limpas. Que tutor de gato não observou que, logo após higienizar a liteira, os bichanos já fazem uso dela! Eles são exigentes. Mas, é super compreensível, afinal ninguém gosta de usar banheiro sujo.

• Mantenha a imunoprofilaxia atualizada: a carteira de vacinação em dia é muito importante;

• Jamais medique seu pet sem orientação veterinária: somente o médico veterinário é detentor do conhecimento sobre os fármacos indicados e contraindicados para cada espécie animal, e a posologia dos medicamentos para cada um deles;

• Procure um médico veterinário na evidência de qualquer alteração com seu animal;

• Leve seu pet periodicamente às consultas veterinárias.

Luis Antônio
Luis Antônio
Jornalista. Formado em Ciências Sociais e Letras pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Mestre em Estudos Literários. Apresentador e editor do Jornal da Morada, da Rádio Morada FM 98,1
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