O coletivo que compõe a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Mulher, da Câmara de Araraquara, debateu a implantação do Programa do Agressor no município. A frente é coordenada pela vereadora Fabi Virgílio (PT).
O Programa, já aprovado pela Câmara, está em construção pelo Executivo e será colocado em prática pela Coordenadoria de Direitos Humanos da Prefeitura de Araraquara. A proposta é atender de maneira multidisciplinar homens identificados como agressores no ambiente familiar para desconstruir esse comportamento e esses hábitos para, assim, interromper os ciclos de violência doméstica.
“Existe um trabalho importante de acolhimento e atendimento das mulheres que sofrem ou sofreram violência doméstica e seus filhos, mas se o homem agressor não for tratado, mesmo que a mulher saia de casa, ele irá constituir nova família e continuar o ciclo de violência em outro lar. Só esse tratamento pode, de fato, contribuir para mudanças de comportamento e interromper as agressões”, fala a vereadora Fabi Virgílio.
As mulheres da Frente Parlamentar também discutiram o andamento da pesquisa do Perfil da Mulher Araraquarense, que está sendo feita pela empresa Paulista Jr., da Unesp, e a elaboração de projetos afetos à família e à segurança física e emocional das crianças como o projeto Afeto e Abraços, implantando pela Prefeitura do Ceará e propõe a educação de crianças em ambiente seguro.
“A ideia é trazer o núcleo familiar para os Centros de Atendimento em Assistência Social, entender a dinâmica das relações e o comportamento dos pais e mães, saber se há histórico de violência e reprodução dela e estimular a manifestação de carinho e afeto entre eles em uma série de encontros”, explica a vereadora.
A Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Mulher se reúne mensalmente de forma presencial ou online para tratar de políticas públicas para mulheres em Araraquara.