Os termômetros podem registrar recorde na capital paulista com a média histórica de 37,1ºC, no sábado (30), de acordo com o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), da Defesa Civil do Estado. A última máxima histórica registrada foi em 17 de outubro de 2014, quando os termômetros marcaram 37,8ºC, sendo recorde absoluto.
Nesta segunda quinzena de setembro, no entanto, as temperaturas ficarão elevadas em todo o Estado de São Paulo. Em Araraquara, a estimativa é de temperatura máxima de 37 graus até a próxima sexta-feira (22). O ápice, no entanto, está prevista para a próxima semana, com a máxima podendo atingir 39 graus na quarta-feira, dia 27 (confira projeção, abaixo).
Outras cidades do estado também podem bater recorde de temperatura máxima, como é o caso de Araçatuba, que em 12 de setembro registrou 37,4ºC, pode chegar aos 41ºC. Já no dia 13 de setembro, Bauru registrou média de 36,9ºC e nesta semana a temperatura deve chegar aos 40ºC. Presidente Prudente, também registrou no último dia 13, 36,9ºC, sendo que ainda nesta semana, os termômetros devem chegaram na casa dos 41ºC.
Esta onda de calor irá se estabelecer sobre o Estado de São Paulo, tornando os dias com calor intenso em todas as regiões. Isso decorre da atuação de uma forte massa de ar quente e seca que incide sobre o Estado, juntamente com um sistema de alta pressão que deve se estabelecer sobre a região, caracterizando um bloqueio atmosférico, que mantém o tempo quente e seco até o final da estação do inverno, que se encerra neste sábado (23).
Este fenômeno também proporciona a queda significativa nos índices de umidade presente no ar, para as Regiões Metropolitana de São Paulo, Baixada Santista, Vale do Paraíba, Vale do Ribeira, Região de Itapeva e Litoral Norte, Regiões de Campinas, Sorocaba, Bauru, Araraquara, Presidente Prudente, Marília, Ribeirão Preto, Franca, Barretos, Araçatuba e São José do Rio Preto.
Na Região Metropolitana da Capital, nas Regiões do Vale do Paraíba, Litoral Norte e Baixada Santista os índices de Umidade Relativa do Ar devem ficar abaixo de 30%. Já para as Regiões de Campinas e Sorocaba, no Vale do Ribeira e Região de Itapeva, os valores de Umidade Relativa do Ar podem ficar abaixo de 25%. Nas Regiões de Ribeirão Preto, Franca, Barretos, Bauru, Araraquara, Presidente Prudente, Marília, Araçatuba e São José do Rio Preto os índices devem ficar abaixo dos 20%, atingindo níveis críticos.
Diante deste cenário, é recomendada a hidratação, com o consumo de bastante água e proteção contra o sol. A Defesa Civil recomenda que sejam evitados exercícios físicos ao ar livre nos horários mais críticos do dia e o uso de soro nos olhos e nariz. Não coloque fogo em áreas de vegetação seca e não jogue bitucas de cigarro em beiras de rodovias, além de causar incêndios de grande proporção é crime ambiental.
El Niño
O El Niño é um fenômeno que se caracteriza pelo aumento da temperatura nas águas do Oceano Pacífico Equatorial. Na região sudeste do país, ele contribui para o aumento das temperaturas médias, ou seja, favorece a ainda mais a frequência de dias mais quentes.
Como ocorre o El Niño?
O El Niño ocorre especialmente por meio do aquecimento das águas do oceano Pacífico ao longo da costa oeste da América do Sul, geralmente ao longo do mês de dezembro, em uma frequência anual inespecífica.
Os estudos mais recentes apontam que uma mudança brusca nos ventos alísios que cortam a região, especialmente o enfraquecimento desses ventos, tem gerado um avanço das correntes marítimas de água quente nas regiões geográficas do centro-sul do oceano Pacífico, culminando assim no aumento das temperaturas locais das águas oceânicas. Essa mudança resulta justamente no aquecimento das águas desse oceano e, por consequência, em mudanças consideráveis nas condições das massas de ar, correntes marítimas e pressões atmosféricas, que por sua vez provocam diversas anomalias climáticas em diferentes regiões do globo, especialmente na sua porção tropical, modificando assim os regimes de temperaturas e precipitações globais.