Já tiveram início, em Araraquara, as obras de macrodrenagem sob a avenida Maria Antônia Camargo de Oliveira, a Via Expressa. Trata-se da primeira fase da maior obra de infraestrutura da história de Araraquara, que será realizada com recursos liberados pelo governo federal, na ordem de R$ 143 milhões, que vão resolver os problemas de alagamentos em áreas sensíveis da cidade, proporcionando estrutura para o desenvolvimento urbano sustentável para os próximos 100 anos, segundo os estudos.
O convênio com o governo federal, a fundo perdido, foi assinado em 30 de agosto de 2023 em Brasília (DF) e a ordem de serviço para o início da obra foi assinada pelo presidente Lula no último dia 24 de maio, em cerimônia realizada em Araraquara. Além dos R$ 143 milhões, a obra conta ainda com contrapartida de 1% do município, ou seja, R$ 1.430 milhão.
Esta fase 1, em andamento, cujo valor do contrato firmado com a empresa responsável é R$ 6.8 milhões, é a chamada “fechada da obra”, ou seja, acontece integralmente dentro do canal, através de poços de inspeção e o método não tem impacto no funcionamento da Via Expressa. Não há uso de maquinários aparentes nessa fase e a entrada no córrego canalizado é feita por uma rampa construída entre a Unidade de Retaguarda do Melhado e o prédio da Universidade de Araraquara (Uniara).
“Estamos aqui acompanhando essa obra tão importante para a história de Araraquara, que vai mudar a configuração urbana do nosso município. Estamos na Expressa com a avenida Heitor Bin. Desse lado temos o Córrego ao Ouro, ao lado da Unidade de Retaguarda do Melhado, e do outro lado temos a canalização do Córrego da Servidão, que passa embaixo da Via Expressa. Os homens estão trabalhando conforme podemos observar, mas essa é uma fase que não tem impacto na via. Aqui o equipamento vai entrar e injetar concreto na tubulação. É interno. Por isso, estamos aqui para mostrar o que está sendo feito”, declarou o prefeito Edinho Silva, em live transmitida em suas redes sociais.
Ainda segundo Edinho, no próximo dia 25 de julho serão abertas as propostas das empresas interessadas em assumir a segunda fase do Plano de Macrodrenagem. “Esta segunda fase inclui o alargamento da canalização do Córrego do Ouro, construção de pontes e outras intervenções. Na fase seguinte, estarão a construção dos lagos de retenção das águas da chuva. O projeto está em análise na Cetesb e no DAEE. Voltando, nós vamos protocolar na Caixa e já abriremos também o processo licitatório. Enfim, como vocês podem ver, o investimento está andando”, acrescentou o prefeito.
A canalização do Córrego da Servidão, onde a obra segue neste momento, teve início em 1963. A Via Expressa, principal corredor de trânsito da cidade, foi construída sobre o córrego canalizado ao longo de duas décadas – sendo concluída nos anos 90 -, com execução de trechos em momentos históricos e métodos construtivos diferentes, resultando numa canalização irregular com pontos de estrangulamentos e sem capacidade de escoamento da drenagem da região.
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