Em julho de 2024, o valor médio da cesta básica em Araraquara apresentou uma queda mensal de 0,91%, segundo a pesquisa do Núcleo de Economia do Sincomercio Araraquara. Em junho, o preço médio da cesta básica era de R$ 952,17, passando nesse último mês para R$ 943,47, ou seja, barateamento de R$ 8,70.
Dois dos três grandes grupos apresentaram queda de preço: Higiene Pessoal, com deflação de 0,24% ou um decréscimo de R$ 0,26; e Alimentação, que possui maior peso no custo total da cesta, apresentou variação negativa de 1,24% ou queda de R$ 9,62 no preço médio. Já o grupo de Limpeza Doméstica apresentou inflação de 1,89%, o que significou um encarecimento de R$ 1,19 no custo do item.
Ainda sobre julho, os principais aumentos percentuais foram: Frango resfriado inteiro (5,2%); Alho (4,9%); Sabão em pó (4,0%); Café torrado e moído (3,9%); e Óleo de soja (3,4%). E os produtos com maior decréscimo percentual foram: Batata (-16,6%); Cebola (-12,5%); Ovos brancos (-5,9%); Carne de primeira – contrafilé (-4,4%); Sabão em barra (-3,1%).
O café torrado e moído foi responsável pelo maior aumento em termos monetários, provocando o acréscimo de R$ 2,08 no custo médio da cesta, em razão do aumento de R$ 0,69 o pacote de meio quilograma. Na outra ponta, o item que mais aliviou o bolso dos consumidores foi a batata, com um decréscimo de R$ 7,01 no custo da cesta analisada, em razão da diminuição de R$ 1,75/kg.
O aumento dos preços do café é principalmente devido à menor oferta. “Em 2024, muitos produtores enfrentaram uma diminuição no volume de grãos colhidos, afetando a disponibilidade para processamento e venda, reflexo de condições climáticas desfavoráveis principalmente na região centro-sul do Brasil”, explica Maria Clara Kirsch, pesquisadora do Núcleo de Economia do Sincomercio.
Dados do CEPEA/ESALQ mostram que o café tipo 6, entregue em São Paulo, teve um aumento de 5,22% em relação a junho de 2024 e obteve um preço 73,2% acima do mesmo mês de 2023.
Outro item com aumento significativo no preço foi o alho, que conforme os dados da Conab, a inflação pode ser atribuída a uma menor oferta de produto devido a condições climáticas desfavoráveis e problemas na produção em regiões produtoras como o Distrito Federal e Goiás. “Essas dificuldades impactaram a quantidade disponível para comercialização, levando a um aumento nos preços, especialmente no mercado atacadista”, detalha a pesquisadora.
Com relação aos movimentos de baixa, os preços da batata caíram em julho, como mostra a deflação ocorrida por saca de 25 kg no atacado de São Paulo, Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, de acordo com dados do Hortifrúti/Cepea. A queda dos preços é resultado da intensificação da colheita da safra de inverno, especialmente em Vargem Grande do Sul (SP) e no Cerrado Mineiro. A tendência é de que os preços continuem caindo nas próximas semanas, conforme informado pelo HFBRASIL.
Inflação
No acumulado de janeiro a julho de 2024, a cesta básica barateou R$ 14,44 – o que corresponde a 1,51% de redução. Entre os grupos, a alimentação e limpeza doméstica apresentaram redução de preços, enquanto a higiene pessoal encareceu. Os produtos de limpeza doméstica registraram queda de 13,50% ou R$ 10,00; os itens de alimentação sofreram diminuição de 1,63%, o equivalente a R$ 12,77. Já o grupo de higiene pessoal obteve inflação de 8,12% ou R$ 8,33.
Com relação aos produtos, 17 dos 32 produtos apresentaram encarecimento entre os meses de janeiro e julho de 2024. Os itens que apresentaram maior alta acumulada foram: Alho (60,44%); Batata (46,71%); Arroz branco (36,55%); Farinha de mandioca torrada (22,98%); Creme dental (18,93%). Já os que apresentaram as maiores reduções foram: Óleo de soja (-28,44%); Sabão em barra (-20,99%); Margarina vegetal (-18,45%); Carne De Primeira – Contrafilé (-16,45%); Salsicha avulsa (-15,80%).
A variação acumulada em 12 meses foi de 6,43%, ou seja, encarecimento de R$ 56,98. Sobre grupos, o grupo de alimentação registrou inflação de 8,72%, equivalente a R$ 61,63 e o grupo de higiene pessoal aumentou 2,91%, ou R$ 3,14. Já o os produtos de limpeza doméstica ficaram 10,84% ou R$ 7,79 mais baratos.
Entre os produtos, 21 dos 32 oscilaram em direção ascendente – o que corresponde a 65,62% dos itens que compõem a cesta básica analisada. No acumulado de julho de 2023 a julho de 2024 destacam-se: Cebola (116,45%), Batata (98,38%), Alho (82,98%), Arroz branco (31,32%) e Frango resfriado inteiro (19,56%). Já os produtos com as maiores reduções percentuais foram: Ovos brancos (-19,72%), Sabão em barra (-16,53%), Margarina vegetal (-13,55%), Sabão em pó (-11,42%) e Salsicha avulsa (-11,19%).