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Dengue: chegada das chuvas e calor deixam agentes do Controle de Vetores em alerta

Operação casa a casa continua, mas é muito importante que os moradores continuem atentos e eliminem possíveis criadouros do Aedes dos seus quintais

A chegada do período de chuvas e o calor, que aumentam o risco de proliferação do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, deixam em alerta as equipes de Controle de Vetores da Secretaria Municipal de Saúde que atuam no combate ao Aedes aegypti.

De acordo com Alessandra Cristina do Nascimento, Coordenadora da Vigilância em Saúde, com as chuvas registradas nas últimas semanas já foi possível notar o aumento do número de criadouros com larvas em objetos deixados nos quintais das residências; um problema que exige mais atenção dos moradores.

“Nós realizamos a operação casa a casa durante todo o ano, ininterruptamente, independente do clima, o que evitou uma epidemia de dengue em Araraquara neste ano de 2024, mesmo tendo sido registrada epidemia em todo o País, inclusive em municípios aqui da nossa região. Mas, desde que começou esse período de chuvas, estamos notando uma mudança no cenário, o que nos preocupa. O resultado de chuva mais objetos que juntam água jogados no quintal é o surgimento de larvas do mosquito e mais casos da doença”, adverte ela.

Alessandra reforça que centenas de imóveis foram vistoriados neste ano, resultando na eliminação de múltiplos focos de reprodução do mosquito e, consequentemente, no controle da doença no município. A operação, realizada pela equipe “casa a casa” com cerca de 60 servidores e mais a parceria da cooperativa Vitória, somou, até o momento, quase 527 mil imóveis visitados e aproximadamente 828 mil quilos de materiais inservíveis retirados. Das 11.912 quadras visitadas pelas equipes, foram identificados e eliminados 6.246 focos do mosquito. Até esta quarta-feira (11), foram confirmados 1.858 casos de dengue em Araraquara em 2024, 9 de Chikungunya e 1 de zika. Todos esses números são atualizados semanalmente, às sextas-feiras, com a divulgação do Boletim Semanal da Dengue, da Secretaria Municipal de Comunicação (Secom).

“E não tivemos registro de óbito por dengue, o que é mais importante. Mas continuamos trabalhando muito e precisamos da colaboração da população. É fundamental que todos vistoriem seus quintais diariamente, retirando possíveis criadouros de larvas do mosquito Aedes, que precisa de água parada para se reproduzir.  Esse cuidado diário é a chave para o combate à dengue, porque sabemos que 80% dos focos estão nos quintais”, destaca Alessandra.

Entre as principais medidas a serem adotadas para que a dengue seja mantida sob controle e para que a saúde de todos seja protegida, a coordenadora da Vigilância em Saúde aponta a eliminação de água parada em vasos, pneus, calhas e outros recipientes. Ela também recomenda o uso de telas em janelas e portas para impedir a entrada do mosquito e o uso de repelentes nas áreas expostas da pele.

“E, claro, é importante que os pais ou responsáveis levem suas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos para tomar a vacina contra a dengue que está disponível para essa faixa etária”, enfatiza.

A vacina contra a dengue está sendo aplicada nas unidades de saúde do Ieda, Vale do Sol, Selmi Dei I, Jardim Maria Luiza, Parque São Paulo, Melhado e Selmi Dei IV, além da unidade do Sesa. Nas unidades de saúde do município, o horário de atendimento durante a semana é das 8 às 16 horas, com exceção das quintas-feiras, quando o atendimento é estendido até as 19 horas.  Já na unidade dos Sesa, o atendimento é das 8 às 15 horas, também de segunda a sexta-feira.

“Vamos continuar trabalhando nas operações casa a casa, mas continua imprescindível o apoio da população nessa batalha, participando da limpeza dos quintais e também recebendo os nossos agentes nas vistorias”, conclui a coordenadora.

Lembrando que, em caso de dúvida sobre a identificação dos agentes que realizam o chamado casa a casa, uniformizados e portando crachás, o telefone de contato é o (16) 3303-3123.

E, além de cuidar da própria casa, o munícipe também pode identificar imóveis e outros locais problemáticos e avisar para o Controle de Vetores e a Ouvidoria da Vigilância em Saúde, por meio dos telefones (16) 3303-3115 e 0800-774-0440.

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