O Ministério Público de São Paulo (MPSP) revelou detalhes estarrecedores sobre a morte da professora Larissa Rodrigues, de 37 anos, encontrada sem vida em seu apartamento no dia 22 de março, em Ribeirão Preto. A investigação aponta que a aposentada Elizabete Arrabaça, de 67 anos, envenenou a nora com doses sucessivas de “chumbinho”, um agrotóxico altamente tóxico, ao longo de cerca de dez dias, até provocar uma dose fatal em 21 de março.
Larissa morava com o marido, o médico Luiz Antonio Garnica, de 38 anos, que, segundo a Promotoria, também participou do crime. Ambos, mãe e filho, foram denunciados por feminicídio qualificado e estão presos preventivamente desde 6 de maio.
De acordo com o promotor Marcus Tulio Alves Nicolino, o assassinato foi cuidadosamente planejado e motivado por questões financeiras. Larissa havia descoberto que o marido mantinha um relacionamento extraconjugal e ameaçava se separar. Com a possibilidade de divórcio, Luiz Antonio teria que dividir bens, incluindo o apartamento onde o casal morava, além de enfrentar dificuldades para continuar sustentando a amante.
“O divórcio agravaria ainda mais a situação econômica dele, que já ajudava financeiramente a outra mulher. Elizabete, ciente disso, passou a visitar a nora frequentemente, sempre levando alimentos, que teriam sido contaminados com pequenas quantidades de veneno”, explicou o promotor.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou a presença de substância tóxica no corpo de Larissa. A investigação também revelou que outra mulher da família, supostamente irmã do médico e cunhada da vítima, também teria sido envenenada anteriormente, o que pode indicar um padrão criminoso mais amplo.
O caso segue sob análise da Justiça, e a defesa dos acusados ainda não se manifestou publicamente.
Foto e Fonte: Comando VP
