O câncer bucal afeta diferentes partes da cavidade oral, como lábios, língua, gengivas, céu da boca e assoalho bucal. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), são estimados mais de 15 mil novos casos por ano no Brasil, sendo aproximadamente 10.900 em homens e 4.200 em mulheres. É um dos tipos de câncer mais comuns, especialmente entre o público masculino.
Embora existam tratamentos eficazes, o prognóstico da doença depende fortemente do estágio em que é diagnosticada.
A dentista Dra. Bianca Salvino explica que muitas pessoas ignoram feridas, manchas ou placas na boca que não cicatrizam em até 15 dias, o que leva a diagnósticos tardios e menor chance de cura. Ela ressalta que identificar o problema precocemente transforma o tratamento em um processo controlado, com altas taxas de sucesso.
Entre os principais fatores de risco estão o tabagismo, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, a exposição prolongada ao sol sem proteção nos lábios, infecções pelo HPV na cavidade oral e a exposição a certos agentes ocupacionais e ambientais.
Controlar esses riscos e visitar regularmente o dentista para o rastreio bucal pode reduzir significativamente a probabilidade de desenvolver a doença.
A Dra. Bianca alerta que não é necessário esperar dor ou sintomas graves: manchas, feridas ou nódulos, mesmo indolores, já são motivo para investigação.
Ela enfatiza que a boca é parte do corpo, não um compartimento à parte. Manter uma boa higiene bucal, evitar álcool e cigarro, proteger os lábios do sol, vacinar-se contra o HPV quando indicado e realizar consultas odontológicas periódicas são medidas que salvam vidas.
Ou seja, o combate ao câncer bucal começa com a conscientização e o cuidado diário. Como conclui a Dra. Bianca Salvino:
“Quando o tratamento começa cedo, o que poderia se tornar tragédia pode virar história de superação e isso depende da atenção que damos à nossa boca hoje.”


