Professores e todos os funcionários da Escola Municipal Waldemar Saffiotti, localizada no bairro Jardim Cruzeiro do Sul, em Araraquara, elaboraram uma ‘carta de repúdio’ contra a onda de violência que tem tomado conta da unidade de ensino nos últimos meses.
No documento, assinado por cerca de trinta profissionais, os professores revelam temer pela segurança deles e dos alunos. O Portal Morada teve acesso à carta, que será protocolada na Secretaria Municipal de Educação, provavelmente, ainda nesta terça-feira (8).
A decisão dos professores em revelar a indignação com os frequentes casos de violência ocorreu depois que a escola foi invadida mais uma vez na madrugada de hoje e vários objetos foram furtados. Diversos outros casos de arrombamento foram registrados na unidade este ano, mas nenhuma medida foi tomada ainda pelas autoridades para acabar com as invasões.
“Nós, profissionais da educação, lotados na EMEF Waldemar Saffiotti, repudiamos a onda de vandalismo que tem ocorrido nessa escola”, diz a carta.
Em outra parte do texto os professores lembram do furto de uma TV, no início do ano. E também do furto de computador da sala de informática ocorrido na mesma época. Além de arrombamento da porta da cozinha e furto de alimento, aparelho de micro-ondas e casos de total vandalismo, como carne espalhada pela escola e pichação nas paredes. Na semana passada, em outro caso de invasão, os criminosos deixaram uma mensagem na parede da despensa: 'muito obrigado não estudo mais q mesmo'.
Na invasão de hoje, quando chegaram para trabalhar, os educadores encontraram a escola toda revirada, portas e armários arrombados, alimentos e vários objetos furtados. A ‘carta de repúdio’ foi apresentada à gestora de Ensino Fundamental, Ana Beatriz, durante reunião na EMEF Waldemar Saffiotti na manhã desta terça-feira.
“Temendo pela segurança dos nossos alunos e pela nossa própria segurança, resolvemos não ficar mais de braços cruzados esperando uma solução dos órgãos competentes e decidimos, portanto, nesta data, substituirmos as aulas convencionais por uma movimentação coletiva de cidadania para que nossos alunos aprendam a exigir os direitos, dentre eles, a segurança.” Os profissionais finalizaram a carta cobrando um posicionamento das autoridades.