Uma moradora do bairro Antônio Pavan, em Américo Brasiliense, foi alvo da fúria de criminosos neste final de semana e perdeu, praticamente, tudo que pertencia à família após a invasão a sua residência na noite de domingo, dia 15. Depois de furtar um botijão de gás, alimentos que a moradora havia comprado no mercado e, até mesmo, comida que estava na geladeira, os invasores retornaram ao local do crime e incendiaram o imóvel.
Alessandra Aparecida Alves de Souza estava em processo de mudança e não havia ninguém em casa. No final de semana, a dona de casa fazia o transporte dos móveis para uma residência perto da casa da sua mãe, que trata um câncer e precisa de cuidados. Mas, como o caminhão que fazia a mudança é pequeno, alguns objetos ficaram na casa e foram destruídos no incêndio.
A moradia, que Alessandra conquistou por meio do programa social Minha Casa, Minha Vida, ficou parcialmente destruída. O telhado dos quartos foi consumido pelas chamas. O reboco das paredes também não suportou a alta temperatura. Janelas e portas foram danificadas. A dona de casa estava na igreja quando recebeu a notícia que sua casa estava em chamas.
“Por volta de nove da noite um vizinho ligou e disse que minha casa estava incendiada. Chorei, fiquei apavorada, porque aqui foi Deus que me deu. Eu nunca tive condições de ter uma casa, nunca tive condições de comprar um terreno. A gente lutou para rebocar, colocar um piso e um marginal fazer uma safadeza dessa comigo”, lamentou Alessandra.
O fogo foi controlado pelos Bombeiros de Araraquara. Até o início da tarde desta segunda-feira, dia 16, a Defesa Civil não havia comparecido ao local para emitir um laudo sobre a estrutura do imóvel. A moradora e vizinhos reclamaram da Polícia Militar (PM), que foi acionada no momento do incêndio, por volta de 21h de domingo, mas não enviou viatura. “Ligamos várias vezes no telefone 190. Eu e vários vizinhos, tenho provas no meu telefone. Eles só falavam que estavam enviando uma equipe, mas até hoje não veio nenhuma viatura. Pagamos impostos e somos tratados como lixo até mesmo pela polícia”, reclamou a vizinha Elissandra Gomes.
Alessandra tem três filhos de 7, 11 e 13 anos. O marido está desempregado há dois anos. Ela também não trabalha fora. O Bolsa Família, benefício social do Governo Federal, foi cortado há meses e depende da ajuda de irmãos e Assistência Social para sobreviver.
“Preciso urgente de um botijão. Minha mãe já tem muitos gastos com o problema dela de saúde e não tenho para quem pedir”, disse Alessandra. Quem puder ajudar a família com móveis, alimentos, telhas, madeira para reformar o telhado ou qualquer outro objeto, pode ligar para 16.99605.4512 ou 3392.8517.