A quinta-feira (24) foi de filas intensas em todos os postos de combustíveis de Araraquara – situação que se repetiu em praticamente todos os municípios do estado de São Paulo. Muitos motoristas encararam espera de quase uma hora para encher o tanque. Logo no início da tarde, a gasolina já era uma produto difícil de encontrar no mercado. O estoque, no entanto, só durou até a noite, quando boa parte dos postos teve que encerrar o movimento pela falta do combustível.
Nesta sexta-feira (25), são raros os postos que ainda dispõe de gasolina. O estoque do etanol também já está no fim, o que deve provocar um grande movimento nos estabelecimentos.
Na segunda reunião com representantes de onze categorias de caminhoneiros, o governo buscou um acordo, mas nem todos os presentes aceitaram a proposta.
A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), garantiu que os caminhoneiros não estão proibindo a passagem de veículos que transportam itens essenciais como remédios, cargas vivas, produtos perecíveis ou oxigênio para hospital. De acordo com a entidade, só haverá acordo com o governo quando o problema dos impostos do diesel for resolvido.
A greve também afetou o mercado financeiro. A decisão da Petrobras de reduzir e congelar o preço do diesel por 15 dias, fez com que as ações da Petrobras fecharam esta quinta-feira (24) com queda. A Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), maior entidade representativa de livre adesão do varejo no Brasil, disse que apoia o movimento dos caminhoneiros. Eles disseram que só na semana passada, foram 5 reajustes diários seguidos. Com isto, os lojistas são diretamente prejudicados e também pagam a conta.
A Advocacia-Geral da União (AGU) já obteve até agora 17 decisões liminares que proíbem a obstrução de rodovias federais e informou que cerca de 100 advogados públicos estão atuando em todo país para garantir o trânsito livre nas estradas.