Valquíria viveu uma infância humilde com sua família em São Paulo. Desde cedo, precisou batalhar ao lado de sua mãe.
Aos 10 anos, sua infância foi interrompida. Com a morte de seu pai, as coisas ficaram difíceis. A jovem Valquíria, ainda uma criança no início da década de 80, já trabalhava como empregada doméstica com apenas 13 anos. Trabalhou também na roça, colhendo laranja e limão.
Os anos se passaram e muitas foram as lutas e aprendizados.
Valquíria se casou e teve o primeiro filho aos 24 anos. O segundo filho veio aos 29. Os dois meninos eram a sua vida. Ela e o marido fizeram o possível para dar o melhor aos filhos. Tornaram-se homens.
Logo a mãe Valquíria também se tornou avó. 27 anos depois de segurar seu filho nos braços, ela ninou sua neta. Os mesmos braços, a mesma força de mãe.
Casada há 34 anos, filhos encaminhados, netas crescendo. Tudo estava perfeito. Mas a vida surpreendeu Valquíria, há três anos.
Diagnosticada com um linfoma de células do manto, raro, ela "perdeu o chão". Encarou 1 ano de quimioterapia, muitas vezes pensando em se entregar.
Valquíria apegou-se a fé e ao amor pela família. Não desistiu e foi para um transplante de medula, que não deu certo. Apesar da frustração, ela não se abalou.
"Deus está me dando forças e estou vendo minhas netas crescerem", diz Valquíria, que continua em tratamento. "Sou feliz por ser mãe e avó". E além disso, guerreira também.
De segunda a sexta, uma história por dia na programação da Rádio Cultura durante o mês das mães. Saiba mais sobre a história da mãe Valquíria Ribeiro no nosso programete especial: https://bit.ly/3vFQdTc