Apesar de o Atlético Sorocaba ter conseguido se manter na Série A2 dentro de campo, ainda existe a possibilidade de ocorrer um “tapetão”. O clube foi punido pelo Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Paulista (TJD-SP) por inscrever fora do prazo jogadores para a partida contra o São Caetano, alegando problemas com sua internet. Devido a isso, perdeu quatro pontos e passou várias rodadas na zona de rebaixamento. O Galo recorreu da decisão, e o Pleno do TJD paulista decidiu devolver os pontos.
O maior interessado nesse caso é o Comercial, que foi rebaixado com 20 pontos, dois a menos que o Atlético Sorocaba. O time de Ribeirão Preto pretende ingressar com um recurso junto do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), contestando a devolução dos pontos ao Atlético pelo Pleno do TJD. Caso o Comercial entre mesmo com a ação e vença no tapetão, o Galo pode perder novamente os pontos. A diretoria do Atlético não comentou o caso, mas sua assessoria informou que o clube está tranquilo nesta situação e não crê em uma “virada de situação”.
Nesta terça-feira, um dirigente comercialino, Vicente da Rocha Neto, o Tim, disse que o clube de Ribeirão pretende mesmo fazer valer seus direitos como interessado no caso e recorrer da decisão do Pleno do TJD paulista e entrar com o recurso no STJD do Rio de Janeiro, a última instância para recorrer dos pontos.
Em 2010, o Votoraty FC, time de Votorantim, fundado em 2005, anunciou que se mudaria para a cidade-sede da empresa, Ribeirão Preto. A tendência era que, por serem da mesma holding, Votoraty e Olé Brasil se fundissem para fortalecer o segundo time – que não conseguia emplacar e deixar a quarta divisão do Campeonato Paulista. Inicialmente, porém, não foi o que aconteceu. A empresa anunciou que o Votoraty iria para sua nova cidade para ser o quarto clube local, atendendo pelo nome de Ribeirão Futebol Clube.
Mas também não foi isso que aconteceu. Para a surpresa geral em maio de 2010, depois de ficar em quinto lugar na Série A3 e perder o acesso à Série A2, o Comercial se aproximou do Ribeirão FC e adquiriu 50% do novo clube. Assim, depois de um mês de negociação, viabilizou a fusão entre o Comercial e o Ribeirão. E com a “manobra” acabou subindo de divisão sem estar classificado entre os quatro primeiros, como previa o regulamento.
