Os servidores municipais de Araraquara aprovaram, em assembléia realizada na noite desta quarta-feira (20), estado de greve da categoria. A decisão foi tomada após a proposta de reajuste de 4% nos vencimentos dos funcionários ser apresentada pela fazenda à Câmara Municipal.
Na sessão de terça-feira (19), os servidores lotaram o prédio do Legislativo para pressionar os vereadores a votarem contra a medida. Um tumulto se instalou no local e a porta do plenário chegou a ser arrancada depois que a entrada foi impedida. O presidente da Câmara, vereador Elias Chediek, alegou que o plenário já estava lotado e que, por isso, a entrada de mais pessoas ameaçaria a segurança dos presentes. A sessão foi interrompida e a proposta voltará à discussão na próxima semana.
Nesta quinta-feira (21), o prefeito Marcelo Barbieri (PMDB) voltou a se reunir com secretários municipais para a discussão do valor de reajuste salarial dos servidores. O secretário da Fazenda, Roberto Pereira, deverá apresentar outro estudo com nova proposta de aumento, antes da próxima sessão da Câmara, dia 26, quando os servidores voltarão a se reunir em assembléia, dessa vez em frente ao Palacete Carlos Manso.
De acordo com o prefeito, o momento deve ser analisado com cautela para que seja feito o melhor para os servidores sem comprometer os cofres públicos. “O País passa por um momento muito difícil financeiramente. Isso começa em âmbito federal e se amplia para o municipal. É claro que gostaríamos de oferecer aos nossos servidores mais do que a conjuntura atual nos permite. Ainda assim, vamos estudar outra possibilidade”, afirmou.
A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) diz que os municípios não devem gastar mais que 50% do orçamento com folha de pagamento, e, segundo Pereira, caso haja o aumento de 4%, a Prefeitura de Araraquara deve ultrapassar este índice. “Mesmo assim vamos considerar o pedido e fazer uma nova análise financeira”, concluiu.