Começa às 15h45 (de Brasília) deste sábado o jogo mais aguardado da temporada do futebol europeu. No Estádio Olímpico de Berlim, na Alemanha, Barcelona e Juventus farão a oitava final de suas histórias na Liga dos Campeões. O vencedor será o oitavo clube europeu a conquistar a Tríplice Coroa, visto que tanto espanhóis quanto italianos venceram os campeonatos e copas dos seus países.
Mais badalado, o clube catalão entrará em campo apontado como favorito pela imprensa, público e adversário, que fez questão de jogar a responsabilidade da vitória nesta decisão para a equipe azul-grená. “Um time como Messi, Suárez e Neymar, Iniesta no meio, é definitivamente o favorito”, cravou o capitão Buffon, líder emocional do clube de Turim.
A Juventus, no entanto, está longe de ser uma equipe vulnerável, embora esteja desfalcada de Giorgio Chiellini, seu zagueiro mais renomado. Buffon, Pirlo e talvez Barzagli, três campeões do mundo em 2006 pela Itália, devem ser escalados como titulares pelo técnico Massimiliano Allegri, que leva uma vantagem pessoal em confrontos diretos com o treinador adversário.
Luis Enrique, que teve uma temporada atribulada com um final vitorioso independentemente deste último resultado, teve sua primeira grande oportunidade no comando de uma equipe principal na Roma em 2011/12. Taxado como sucessor de Guardiola, o espanhol desapontou a todos com uma campanha mediana, durante a qual não ganhou nenhuma vez nem da Juventus – empatou por 1 a 1 em casa e perdeu por 4 a 0 e 3 a 0 fora -, nem do Milan de Allegri – derrotas por 3 a 2 em casa e 2 a 1 fora.
Como jogador, o hoje técnico do Barcelona não tem boas lembranças do rival da final, o qual eliminou seu Real Madrid em 1995/96 e Barça em 2002/03. Luis Enrique garantiu que o passado não terá influência na decisão deste sábado e que revanche não é uma motivação.
“Eu nunca quero vingança. Sou muito orgulhoso do que fiz na carreira como jogador. Minha carreira como jogador terminou em 2004 e agora sou um técnico”, declarou, em uma sisuda entrevista coletiva.
Do seu lado, peo menos, o treinador terá um ataque estelar, autor de incríveis 120 gols nesta temporada – número recorde que tem tudo para aumentar um pouquinho mais. Messi, Suárez e Neymar não encontraram páreo em 2015 desde que engrenaram, mas terão uma formidável defesa italiana pela frente para superar.
“Temos Leo (Messi), Ney(mar), Luis (Suárez), Andrés (Iniesta). Temos um time incrível, uma das melhores equipes na história do no nosso clube”, comemorou Piqué, membro dos times de Pep Guardiola campeões em 2009 e 2011, embora a comparação com a equipe do ex-técnico tenha isdo abominada pelo zagueiro.
“Eu odeio comparações. Eu odiava quando comparavam nos últimos anos nosso time com o do tempo do Pep. Eu não sei, teriam diferentes opiniões, que prefeririam como jogávamos anos atrás. Estamos na final do campeonato, funcionou”, afirmou o defensor, titular ao lado do argentino Mascherano.
Se o Barcelona de hoje não tem a capacidade de manter a posse de bola da forma com que fazia no passado com Guardiola, a equipe ainda é capaz de controlar o ritmo do jogo e acelerá-lo em contra-ataques, virtude desta nova equipe mais aguda, com Rakitic no meio-campo e o trio veloz de ataque.
A Juventus não se contentará em esperar os espanhóis na retaguarda, pelo contrário. Com Pirlo, Pogba, Marchisio e Vidal no meio, ela tentará ganhar a batalha no meio-campo, setor que definirá o vitorioso para o zagueiro Bonucci.
“Do ponto de vista técnico, o Barça não é só um forte ataque. Eles tão muito bons defendendo também. Onde o jogo será ganho ou perdido é o meio-campo, onde vocês verão qualidades diferentes”, explicou o defensor.
O Barcelona utilizará sua formação normal, o 4-3-3, e completa no Estádio Olímpico de Berlim, já que Iniesta, ao que tudo indica, está recuperado de problema na panturrilha e poderá jogar. Ter Stegen, Daniel Alves, Piqué, Mascherano e Jordi Alba; Sergio Busquets, Ivan Rakitic e Andrés Iniesta; Messi, Suárez e Neymar deve ser a escalação que vai atrás do quinto título europeu azul-grená, o quarto nos últimos dez anos.
Do outro lado do campo, Massimiliano Allegri provavelmente montará seu time no 4-4-2 com o meio-campo em diamante. Os titulares serão Buffon, Lichtsteiner, Bonucci, Barzagli e Evra; Pirlo, Pogba, Marchisio e Vidal; Tevez e Morata. Barzagli não é presença certa na partida por vir de problemas físicos. Caso não jogue, Ogbonna entrará jogando em busca do tricampeonato juventino.