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Técnico da Ferroviária analisa empate com o Fluminense

Jogo de quarta na Fonte Luminosa marcou a reestreia de Antônio Picoli no comando do time araraquarense

Dez dias após ser apresentado como novo técnico da Ferroviária, Antônio Picoli comandou o time araraquarense em um dos jogos mais importantes de sua história, contra um dos times mais tradicionais do futebol brasileiro. E o treinador, que já havia comandado a Locomotiva em 2014, teve uma reestreia em grande estilo, em uma partida que ficará marcada na memória dos trcedores que marcaram presença na Fonte Luminosa. O duelo terminou empatado por 3 a 3 em um contexto em que a equipe grená saiu perdendo por 2 a 0 e conseguiu a virada com um jogador a menos, antes de sofrer o empate.

Picoli admite que já esperava um jogo cercado de adrenalina, mas prefere apontar o mérito a quem já estava no grupo antes de sua chegada. “Eu já esperava um jogo diferente. Mas seria hipocrisia da minha parte chegar aqui e dizer que alguma coisa do que aconteceu foi mérito meu. Eu apenas ajustei algumas situações, criamos uma situação um pouco diferente e o resto desse contexto é mérito da comissão técnica, que me recebeu muito bem, e dos atletas, que mostraram uma entrega absurda. Jogamos mais de 70 minutos com um homem a menos, com o placar adverso, e esse grupo conseguiu de alguma forma buscar o equilíbrio, pelo menos até o intervalo, para que pudéssemos voltar vivos para o jogo. E eu, particularmente com essa chegada, reforço o pensamento de que valeu a pena. É muito importante chegar em um clube como a Ferroviária, que me abriu a porta depois de dois anos, em um patamar muito diferente e com ambições muito diferentes. É um momento histórico para o clube, que tem sua primeira oportunidade de disputar uma fase seguinte da Copa do Brasil, e eu estou feliz pelo jogo que pudemos proporcionar. Mas poderia ser um pouco mais tranquilo”, explica.

Ao final do jogo, era nítida a satisfação dos atletas afeanos, que sorriam com o resultado. O treinador falou sobre o sentimento do elenco. “Temos vários atletas nesse grupo que são jogadores experientes e oriundos de grandes clubes, que automaticamente se sentem desafiados. Já os outros mais jovens encararam isso como uma grande oportunidade. Eu disse a eles que não somos nós que encontramos a oportunidade e sim ela que nos encontra. E se você tem a capacidade de aproveitar, fatalmente o sorriso aparece. Então o sorriso de satisfação é porque enfrentamos um time grande, em uma situação totalmente adversa, apesar de termos iniciado o jogo propondo e tentando causar um desconforto para a equipe do Fluminense. De alguma forma nós conseguimos, mas fica a lição que contra essas equipes grandes, você não pode ir lá e só ameaçar. Nós não agredimos como foi após o segundo gol. A qualidade individual e coletiva da equipe do Fluminense é inegável, por isso esse sentimento de satisfação é por todo o esforço que fizemos”, ressalta.

Perguntado se considera que a Ferroviária foi melhor que o Fluminense mesmo com um jogador a menos, o técnico afeano preferiu não opinar. “Se fomos melhores ou não, é uma coisa muito relativa. A sensação e a certeza absoluta que eu tenho é de que a minha equipe compreendeu, se entregou e teve muita, mas muita atitude. Isso o torcedor gosta, o treinador que está chegando gosta e com isso temos um produto bacana para vender no final de um jogo bem interessante. Mas devemos ter muita calma. Apesar de ter sido um bom resultado, ele foi, em termos de classificação, melhor para o Fluminense”, acrescenta.

Sobre a perda de nove atletas que defenderam o time no Paulistão, Picoli também salienta que já era previsto, e admite que a equipe perderá outros jogadores após o jogo de volta, que está marcado para a próxima quinta-feira, às 21h30, em Volta Redonda (RJ). Mesmo com a maioria dos jogadores com seus contratos previstos para vencerem no dia 10, ele assegura que os atletas estarão presentes no duelo do dia 12. “A direção já trabalhou em cima disso. Algumas situações vão sim se concretizar, mas só após o confronto de volta. Mas é importante falar também que não teve novidade nenhuma. Tudo foi devidamente esclarecido, devidamente colocado, e aceitei essa ideia de iniciar essa reformulação mesmo diante do Fluminense. Agora há pouco eu falei que as oportunidades batem à nossa porta e essa é uma grande oportunidade, independente da reformulação. Aliás, isso tem se tornado uma constante nesse meu princípio de carreira. O pessoal da direção tem feito o possível para contarmos com os atletas”, completa.

Em meio às respostas, Picoli relembrou um momento marcante em sua carreira como zagueiro, que foi justamente a conquista da Copa do Brasil pelo Juventude (RS) em 1999. “Não tenha dúvida de que a ideia é ir para o Rio de Janeiro pensando em buscar essa classificação. É possível. Eu mesmo, como atleta, tive a oportunidade de ser campeão dessa competição quando ninguém olhava para a minha equipe. Claro que cada coisa acontece no seu devido momento, mas naquela trajetória tivemos pela frente inclusive o próprio Fluminense, que foi um dos adversários que tivemos que eliminar. Claro que não falo isso no vestiário, falo apenas da grande oportunidade que é essa competição para clubes menores em termos de investimento. A Ferroviária é um time de tradição e dentro daquilo que ela almeja, estamos conquistando algo importante”, finaliza o comandante de 43 anos.

 

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