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Rio 2016: Brasil firme na briga por medalhas na vela

Scheidt se recupera e está em quarto na classe Laser. Na 470, Fernanda Oliveira e Ana Barbachan estreiam bem

Em uma quarta-feira (10) nublada e de ventos oscilantes, barcos das classes laser, Nacra 17, 470 e Finn entraram na Baía de Guanabara para o terceiro dia de disputas da vela nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Maior medalhista brasileiro da história dos Jogos, ao lado do também velejador Torben Grael, com cinco pódios, Robert Scheidt subiu quatro posições na classificação geral da classe Laser e agora está em quarto. Nas regatas de estreia da 470 feminina, Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan conseguiram dois bons resultados e ocupam também o quarto lugar.

Scheidt não esteve em sua melhor forma na primeira regata do dia, a quinta do torneio olímpico da Laser. Após uma largada ruim, o brasileiro passou a primeira marca na 22º posição. Em prova de recuperação, porém, chegou ao final no 11º lugar. Já na sexta bateria, o paulista liderou grande parte da prova e conseguiu manter o ritmo para finalizar em 3º. O desfecho do dia de competições foi positivo, já que o velejador pulou de oitavo para quarto na classificação geral.

“Era um dia importantíssimo. Eu já tinha feito duas regatas ruins nos dois primeiros dias, hoje tinha que melhorar, sim ou sim, para manter as chances vivas. E eu fiz isso. Apesar de cometer alguns erros de novo na primeira regata, consegui fazer uma boa recuperação. Foram condições duras, um dia muito físico, mas fiquei feliz porque cheguei no final da segunda regata ainda com um bom gás. Estou contente de estar de volta à briga. Ainda tem uma distância para os primeiros, mas a gente encurtou”, avaliou.

Aos 43 anos e em sua sexta olimpíada, Scheidt comemorou o fato de ainda ter ‘lenha para queimar’. “Estou bem cansado, mas acho que é normal. Um dia que a gente passa cinco horas na água, com frio, 25 nós, ondas. Hoje as condições estiveram extremas. Mas é olimpíada e é a Olimpíada do Brasil, então dei tudo que eu tinha hoje e foi bom. Quando você consegue ainda tirar o máximo na segunda regata do dia, quando todo mundo já está um pouco cansado, é um bom sinal. Estou bem fisicamente, não tenho nenhuma lesão e vamos lá, tomara que continue ventando forte”, afirmou.

A esposa do brasileiro, Gintaré Scheidt, também competiu na Baía de Guanabara esta tarde. A lituana, da classe Laser Radial, coincidentemente foi mal na primeira e se recuperou na segunda bateria da tarde, a exemplo do marido.

“Ela estava preocupada porque não gosta muito de vento forte. A gente já amanheceu o dia com aquela ventania toda e a previsão de tempo era de vento forte, mas tentei botar ela pra cima e falei: ‘Olha, vai ser vento forte mas você vai andar bem, vamos encarar o que vier’. E foi isso, ela estava meio cabisbaixa de manhã, mas depois foi lá e fez duas boas regatas. Estou bem surpreso, porque não é a condição dela. Tem velejadoras mais pesadas e mais fortes, então acho que ela fez um dia excepcional para a característica dela. O vento deve baixar nos próximos dias e ela vai para a briga”, comemorou.

Paciência

O dia também foi de estreia na classe 470. Entre as mulheres, Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan foram bem nas primeiras regatas e, com dois quinto lugares, asseguraram a quarta colocação geral. Considerando as condições climáticas adversas, a dupla aprovou o início de torneio. “Foi um dia de paciência, mas a gente ficou feliz com a nossa regularidade. É um bom início, que nos deixa dentro da briga. O campeonato é longo”, afirmou Fernanda. “A gente estava tranquila. Velejamos bem e conseguimos, dentro da dificuldade do dia, trabalhar bem. A gente erra algumas coisas, mas todas erram. Foi uma boa estreia” avaliou Ana Luiza.

Classe estreante em Jogos Olímpicos, a Nacra 17, que envolve disputas de duplas mistas, contou com um começo ruim de Samuel Albrecht e Isabel Swan, com o 17º lugar na regata inaugural. Na segunda bateria, os brasileiros se reabilitaram em grande estilo, vencendo a prova. No geral, ocupam a sétima posição.

Na terceira e quarta regatas da classe Finn, Jorge Zarif, campeão mundial da categoria, em 2013, e de uma etapa da Copa do Mundo, este ano,  terminou na 11ª e 22ª posições, e ocupa o oitavo lugar geral. Na estreia da 470 masculina, Bruno Bethlem e Henrique Haddad chegaram em 19º e 23º, esta última a mesma colocação que ocupam no quadro geral no momento.

“Não foi muito o que a gente esperava, foi um dia muito difícil, rondado. Acabamos velejando mal, estava complicado para a gente. Agora é tentar ver o que dá para fazer para melhorar, a gente tem condições de velejar bem melhor”, explicou Bruno.  Na Laser Radial, Fernanda Decnop ficou em 28º, na quinta regata, e em 26º, na sexta, e está em 23º no quadro geral.

 

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