Pirapora do Bom Jesus, município que completou 292 anos em maio deste ano, é considerada berço do samba paulista, porque, no passado, os fazendeiros que vinham ver as festividades, também traziam os seus escravos. Enquanto os primeiros frequentavam as missas, os segundos se dedicavam à música e à suas religiões de origem. Nasceu assim o samba de raízes africanas, ou Samba Rural, como denominava o escritor Mario de Andrade.
A cidade tem até música composta pelo sambista Geraldo Filme. A canção “Samba de Pirapora” é uma homenagem à “embaixatriz do Samba”, Maria Esther de Camargo Lara, que morreu em maio passado aos 93 anos.
Com a expansão da população para a periferia a partir de São Paulo, a cidade de Pirapora de Bom Jesus passou a integrar a Região Metropolitana, na Zona Oeste da Grande São Paulo. Pirapora, em Tupi, significa “pulo do peixe”, em decorrência do período de desova dos peixes, que saltavam para vencer as corredeiras do rio e alcançar a sua foz.
Pirapora é considerada a “Cidade dos Milagres” e sua tradicional festa atrai muitos turistas que frequentam as romarias e vão à cidade de várias maneiras: a pé e a cavalo, em bicicletas, charretes e veículos motorizados. A Estrada dos Romeiros interliga Pirapora do Bom Jesus aos municípios de Barueri, Santana de Parnaíba, Cabreúva e Itu.
A cidade está localizada entre as Serras do Japi e do Ivoturuna. Em 1725, foi construído o primeiro Santuário Cristocêntrico do Brasil, quando foi encontrada uma imagem do Bom Jesus em uma corredeira do rio. A data se transformou no marco da fundação da cidade. A atual Igreja foi erguida a partir de 1845 e concluída em 1887. No altar, está a imagem do Cristo.
A cidade se desenvolveu às margens do rio Tietê, que cruza o município. Os principais pontos turísticos são a Igreja do Bom Jesus, o Museu São Norberto e o Morro da Capuava, muito apreciado pelo panorama e pelos praticantes de voo livre, em especial, o parapente.