Na foto: Victor Nunes de Jesus, Rafael Brull Tuma, Patrick Neves Squizato, Nathan Vinícius Ribeiro, Amanda Gracindo, Mariana Bondi Cesar, Danielle Biscaro Pedrolli, Paulo José Corrêa Freire, Daniel Augusto Cozetto.
O time Unesp Araraquara conquistou a medalha de ouro na Competição Internacional de Máquinas Geneticamente Modificadas (iGEM), cuja etapa final foi realizada na cidade de Boston (USA), de 9 a 13 de novembro.
O time orientado pela Profa. Dra. Danielle B. Pedrolli, do Departamento de Bioprocessos e Biotecnologia, é formado por alunos de graduação dos cursos de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia e Farmácia Bioquímica, do câmpus da Unesp em Araraquara. A equipe venceu mais de 300 competidores, inclusive a equipe do MIT, que obteve o terceiro lugar.
A competição iGEM é fundamentada nos princípios da Biologia Sintética, que combina conceitos de engenharia com ferramentas de biologia molecular para programar sistemas biológicos.
Nesta edição de 2017, competiram 310 times de todos os continentes, nas categorias: Graduação e Pós-graduação. Cada categoria é subdividida em temas: Diagnóstico, Energia, Meio ambiente, Alimentos e Nutrição, Terapêuticos, Avanços fundamentais, Manufatura, Novas aplicações, Processamento da informação, Arte e design, Hardware, Software e Inovação em medição.
O time Unesp AQA competiu na categoria Graduação/Terapêuticos, com o projeto INSUBIOTA: treating diabetes with probiotic bacteria, que propõe a utilização de bactérias probióticas geneticamente modificadas para a produção controlada de insulina, diretamente no intestino do portador de diabetes tipo 1. O projeto prevê ainda um mecanismo de controle para evitar a disseminação das bactérias geneticamente modificadas no ambiente.
O feito alcançado é ainda mais impressionante se considerado que essa é a primeira participação de um time da Unesp na competição, que teve início em 2003, no Massachussetts Institute of Technology (MIT).
Para obter sucesso na competição, os times precisam se engajar em um trabalho verdadeiramente interdisciplinar, envolvendo habilidades nas áreas de Engenharia, Biotecnologia, Biologia e Modelagem matemática em geral, além das habilidades específicas exigidas de acordo com o tema de cada projeto. Além disso, a participação na competição envolve, obrigatoriamente, o desenvolvimento de um projeto inovador, que promova o progresso da biologia sintética, que seja conectado às necessidades da sociedade e baseado em princípios éticos e de segurança no uso de organismos geneticamente modificados. Por fim, o projeto inscrito de ser exclusivamente concebido e executado pelo grupo de alunos inscritos, sob orientação de um Investigador Principal (PI).
Pensando nas características da competição, o time Unesp AQA pretende crescer e atrair estudantes de outros cursos da Unesp para compor o time em sua próxima participação na competição, criando assim uma equipe mais diversa para atuar em todos as frentes propostas pela competição iGEM.
Veja também o documentário produzido sobre a rotina das pessoas portadoras de diabetes tipo 1: