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Aláfia apresenta “SP não é sopa”

Show no SESC Araraquara celebra o mês da Consciência Negra

Com músicas que refletem questões políticas, sociais e raciais da capital paulista, a banda Aláfia chega ao Sesc Araraquara nesta sexta (17), e sobe ao palco para apresentar seu novo trabalho, o álbum “SP Não é Sopa, Na Beirada Esquenta”. O disco, o terceiro do grupo, é uma poesia para a megalópole, com funk e candomblé misturados a elementos eletrônicos, que por meio de filtros e processamentos traz um som mais sujo e urbano, cuja questão central é a periferia. O show, realizado pelo Sesc Araraquara, em parceria com a Prefeitura Municipal e o Centro de Referência Afro Mestre Jorge será às 20 horas, na Convivência do Sesc, com entrada gratuita.

Aláfia ('caminhos abertos' em iorubá) é formado por Eduardo Brechó (voz e guitarra), Xênia França (voz), Jairo Pereira (voz), Alysson Bruno (percussão), Pedro Bandera (percussão), Lucas Cirillo (gaita), Pipo Pegoraro (guitarra), Gabriel Catanzaro (baixo), Gil Duarte (trombone e flauta), Filipe Gomes (bateria), Fabio Leandro (teclado).

Com 11 faixas, o novo disco – produzido e dirigido por Eduardo Brechó – conta com a participação de vários artistas locais. “São Paulo é uma relação de amor e ódio mesmo. Pensei muito nas grandes trilhas de blaxploitation para produzir esta homenagem concreta e ácida”, explica Brechó, autor de dez das onze faixas listadas na obra. “As letras falam da Amaral Gurgel, Bela Vista, Brasilândia, Vila Madalena, São Mateus, Capão Redondo e vizinhanças que circulamos”, completa.

Considerado pelos membros como um desdobramento de todo o trabalho realizado nesses quase 6 anos de estrada, “SP NÃO É SOPA” é um disco de canções, com referências tradicionais em roupagens não convencionais. "Apesar de apresentarmos uma sonoridade bem diferente daquelas dos outros discos, as referências, tanto em forma quanto conteúdo, são as mesmas. Poesia, funk e candomblé são nossa raiz e não tem como não mantermos o conceito de nossa estética. A diferença é que enfatizamos elementos eletrônicos, filtros e processamentos, construímos um som mais sujo e urbano, cuja questão central é a periferia. Navegando entre caos, violência e doçura".

Os padrões rítmicos do candomblé ficam presentes neste álbum, porém com menos ênfase que nos dois anteriores: “Não há ruptura em não citar diretamente os toques e assuntos relacionados aos orixás e/ou terreiro neste trabalho, é uma outra abordagem dos mesmos ensinamentos e temas".

Participam cantando no disco Raquel Virgínia e Assucena, de “As Bahias e A Cozinha Mineira”, em “Mano e Mona”, Fernando Ripol, do “Samba do Congo”, em “Agogô de 5 Bocas”, e Luísa Maita, em “Saracura”. As participações também incluem Vinícius Chagas no saxofone, Marco Mattoli no violão, baixo de Robinho Tavares, guitarra, violão de 7 cordas e cavaco de Julio Fejuca, 'timbatera' de João Parahyba e os scratches e colagens de DJ Nyack (Discopédia).

Gravado no Red Bull Studios e Fluxo Produções, o álbum "SP NÃO É SOPA, NA BEIRADA ESQUENTA" foi realizado com apoio do Edital PROAC 2015 da Secretaria da Cultura do Governo do Estado de São Paulo. Rodrigo Funai e Gustavo Lenza assinam a mixagem. Na masterização, Felipe Tichauer. A co-produção musical é de Filipe Gomes, baterista da banda.

 

Serviço

Show Aláfia

Dia: 17/11, sexta

Horário: 20h

Local: Convivência

Classificação: Livre

Grátis

 

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