Menos de um mês após ser tricampeão da Libertadores, o Grêmio entrou em campo neste sábado para tentar conquistar seu bicampeonato mundial diante do badalado Real Madrid em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. Mas a estratégia de pressionar a posse de bola dos europeus e tentar ganhar no contra-ataque não foi suficiente para conquistar o título. O Real Madrid, com domínio total da partida, garantiu seu sexto título do Mundial ao vencer a partida por 1 a 0, com gol marcado pelo craque português Cristiano Ronaldo.
A intenção do Grêmio, logo nos primeiros minutos, era clara. Enquanto o Real Madrid tinha a posse de bola, garantida pela alta qualidade dos passes, a correria e a pressão dos brasileiros era constante, em todos os lados do campo. Quando, raramente, o Grêmio tinha a posse de bola, durava pouco.
Com a mesma premissa, o time comandado pelo técnico Zinedine Zidane também pressionava, mas os gaúchos estavam afobados, nervosos e não conseguiam trocar uma quantidade mínima de passes para criar jogadas. Assim como parte de outras edições do Mundial envolvendo times brasileiros e grandes equipes europeias, o padrão foi basicamente o mesmo: os sul-americanos postados no setor de defesa em meio às investidas de ataque dos elencos formados por estrelas do futebol mundial.
O único gol da partida veio em uma cobrança de falta de Cristiano Ronaldo, aos 7 minutos do segundo tempo. O atual melhor jogador do mundo cobrou forte e a bola passou no meio da barreira, entrando pelo canto direito do goleiro Marcelo Grohe.
Minutos depois, Cristiano Ronaldo chegou a marcar novamente em um chute forte, mas um impedimento foi identificado na origem do lance. Na sequência, o meio-campista croata Luka Modric acertou a trave em um arremate de fora da área. O controle, durante toda a partida, foi do Real Madrid. Não houve reação nem perigo por parte dos gaúchos, que, praticamente, só olharam o Real Madrid tocar a bola em seu campo de ataque, esperando o final da partida.
É a terceira final de Mundial disputada pelo Grêmio. Em 1983, a equipe venceu o Hamburgo, da Alemanha, por 2 a 1, com destaque ao então atacante Renato Gaúcho – hoje o técnico à frente da campanha do tri da Libertadores. Em 1995, o Grêmio perdeu para o Ajax, da Holanda, nos pênaltis, após o empate por 0 a 0 nos 90 minutos. Antes de enfrentar o Real Madrid, os gaúchos venceram o Pachuca, do México, por 1 a 0.