InícioNotíciasGeralAraraquara registra três feminicídios em 30 dias

Araraquara registra três feminicídios em 30 dias

Nos três casos registrados desde o início de março, agressores eram pessoas próximas às vítimas  

Com três mulheres assassinadas em trinta dias em Araraquara, a violência contra a mulher voltou a ser tema de discussão na cidade. Desde o mês passado, quando se comemorou o Dia Internacional da Mulher, palestras, conferências e protestos foram realizados para avaliar a situação e propor medidas que possam conter a escalada de crimes.

Segundo a Coordenadoria Executiva de Políticas Públicas para Mulheres, no ano passado, só em Araraquara, foram feitos mais de dois mil boletins de ocorrência de violência doméstica e cerca de cinquenta e dois Boletins de Ocorrência de violência sexual.

“Os números municipais são um reflexo das estatísticas nacionais e mostram o quanto a pauta da violência contra mulher precisa estar sempre em destaque, visando mudança de cultura e de comportamento, em busca da redução da desigualdade que coloca mulheres em situação de extrema vulnerabilidade”, avalia a coordenadoria.

No dia 11 de março, a adolescente Hemilly Brenda Gonçalves de Oliveira, de 14 anos, morreu na Santa Casa de Araraquara depois de ser espancada pelo tio, preso em flagrante por tentativa de homicídio.

Na última segunda-feira (09), Camila Lourenço, de 30 anos, foi esfaqueada pelo ex-amásio no Jardim Higienópolis, em Araraquara. Ela havia rompido o relacionamento com Antônio Marcos Bueno, de 35 anos. O casal se desentendeu e ele desferiu cerca de 10 facadas, que a atingiram no abdômen e no pescoço.

Menos de 36 horas depois desse crime, Josiane Aparecida Mendes, de 44 anos, foi encontrada morta também com um golpe de faca no pescoço em uma mata na Vila Yamada, atrás do Espaço Kaparaó, em Araraquara. Quem encontrou o corpo, foi o companheiro da vitima, um morador de rua de 40 anos. A Polícia ainda investiga o caso.

Frente aos casos de violência contra mulheres, a Coordenadoria de Políticas Públicas publicou uma nota nesta terça-feira (10) e afirmou que ato de tamanha crueldade não pode ser banalizado e nem considerado natural. “Precisamos nos alarmar enquanto sociedade e afirmar um pacto pelo fim da violência contra a mulher. A luta contra o desequilíbrio social entre homens e mulheres continua, só assim teremos uma sociedade mais igualitária e sem violência”.

O Centro de Referência da Mulher, órgão municipal de acolhimento e atendimento de mulheres vítimas de violência, oferece atendimento específico para as mulheres que enfrentaram ou presenciaram atos de violência dessa natureza, inclusive com atendimento psicológico e acompanhamento às mulheres que estejam sofrendo qualquer tipo de vulnerabilidade. O CRM funciona entre 7h e 17h30, de segunda à sexta, contando ainda com um telefone de plantão 24h – (16) 99709 9633.

 

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