Nesta segunda-feira (23), a Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social de São Paulo, entrou com uma ação por improbidade administrativa contra as construtoras Odebrecht, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia e Serveng Civilsan e contra os funcionários do DER (Departamento de Estradas e Rodagens), Mário Rodrigues Junior, Mário Augusto Fattori Boschiero e Júlio César Astolphi.
Segundo o Ministério Público, os funcionários do DER receberam altos valores em propina da construtora Odebrecht de 2005 a 2009, como pagamento por obras na Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-255).
O superintendente do DER em São Paulo na época, Delson José Amador, também está entre os acusados, por omissão ao não cumprir com o seu dever de fiscalização e diligência.
O Ministério Público concluiu que as empresas envolvidas entraram em acordo para justificar o sobre-preço da oferta apresentada pela Norberto Odebrecht, que foi autorizada a realizar despesa no valor total de R$ 41.184.957,73.
Após a homologação das delações premiadas pelo Supremo Tribunal Federal de integrantes da Odebrecht, a Promotoria de Justiça de Araraquara, tomou conhecimento de que foi feito pagamento de propina a agentes públicos vinculados ao DER-SP durante a vigência do contrato.
Agora os Promotores Públicos pedem que todos os envolvidos nessa ação sejam condenados por improbidade administrativa, que devolvam aos cofres públicos o que foi desviado, no valor de R$ 48.555.796,76, mais atualização e correção monetária e pede ainda o fim das sociedades empresárias envolvidas.