A Casa da Cultura Luiz Antonio Martinez Correa, localizada no centro de Araraquara, tenta bravamente resistir ao tempo. Com janelas caindo, salas abandonadas e sinais de cupins no madeiramento da escadaria e forro, o prédio guarda parte da história de Araraquara. Anexados a Casa estão o Arquivo Histórico, o Museu de Imagem e Som (MIS) e a Pinacoteca, onde obras e documentos importantes para a história da cidade estão guardados.
Apesar de pedidos das gestões anteriores do município, o valor necessário para a restauração do espaço, cerca de 2 milhões de reais, nunca chegou. Medidas paliativas foram tomadas, como pintura e pequenos reparos no prédio, mas insuficientes frente a tudo o que o histórico prédio precisa.
As instalações elétricas também necessitam de reparos. O local, repleto de materiais que podem ser queimados com facilidade, conta com poucos extintores de incêndio.
A sala que recebeu a palestra do filósofo Jean Paul Sartre em 1960 precisa de reformas nas cadeiras, todas da época. A porta, presa com uma corrente, está amarelada pelo tempo.
Goteiras também são um problema nas estações chuvosas, o que prejudica os alunos e professores das oficinas culturais.
Em 2011, a secretária de desenvolvimento urbano da época, Alessandra de Lima, afirmou em entrevista em entrevista à imprensa que a Casa necessitava de reparos e modernização, e que os 2 milhões referiam-se apenas a melhorias no prédio. O projeto, no entanto, não chegou a ser executado.
Já o prédio ao lado, um pouco mais novo – cerca de 90 anos – onde funciona a Câmara Municipal, está em boas condições, com pintura e manutenção aparentemente em dia.
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