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Goleiro comemora noite de herói

Gabriel Leite foi o destaque da classificação afeana para a semifinal

A classificação da Ferroviária para a semifinal da Copa Paulista veio com muito sofrimento. Após empatar fora de casa no jogo de ida das quartas de final por 1 a 1 com o Novorizontino, a partida de volta na Fonte Luminosa parecia tomar um rumo mais tranquilo quando a Locomotiva abriu 2 a 0 ainda no primeiro tempo, com dois gols de Léo Artur. Porém, a etapa complementar foi marcada pelo domínio do Novorizontino, que empatou o jogo com Elvinho e Nando. Na decisão por pênaltis, a Ferroviária chegou a desperdiçar uma cobrança com Vinícius, mas contou com o brilho do goleiro Gabriel Leite, que viu Reverson chutar para fora, defendeu a cobrança de Alisson e ainda marcou o gol que selou a classificação afeana diante de sua torcida.

Entrevistado após o jogo, o goleiro de 30 anos esbanjou felicidade e destacou o trabalho da equipe para chegar entre as quatro melhores da competição. “Sabe aquele momento que faz muita coisa valer a pena? Fiquei muito tempo sem jogar e, para um jogador, quando vai chegando a idade é complicado. Vir para a Ferroviária foi um reinício na minha carreira. Tenho aprendido muito aqui e a gente passa por momentos de tanta luta, longe da família, com a filha nascendo, e é complicado. E são momentos como esse que fazem o futebol ser tão lindo. São momentos como esse que fazem a gente vir aqui todos os dias, fazer tantas coisas que ninguém vê. Muitas vezes fazemos 99 coisas certas e uma errada e somos julgados muito por essa coisa errada. Para um goleiro, fazer uma defesa de pênalti é espetacular, mas fazer um gol, principalmente um gol da classificação e sabendo como foi o jogo e tudo que o envolveu, foi um mix de emoções”, destacou o dono da camisa 1.

Gabriel Leite reconheceu a queda de rendimento da Ferroviária no segundo tempo e espera que a dificuldade sirva de aprendizado para as fases seguintes. “Foram dois tempos muito distintos. Conseguimos fazer os gols e controlar o jogo muito bem no primeiro tempo, tanto que as únicas oportunidades deles foram em bolas alçadas e bolas paradas. Mas voltamos para o segundo tempo achando que o resultado já estava garantido. Isso no futebol é inadmissível. O futebol pune e nós acabamos punidos porque sentamos no resultado e isso não podemos fazer. Foi um segundo tempo de aprendizado, precisamos entender o que foi o jogo e saber que no segundo tempo eles foram superiores a nós. É bom para aprendermos e não cometermos mais esses erros”, salientou.

O goleiro conta que se lembrou de Tadeu, goleiro da Ferroviária que atualmente está emprestado ao Oeste, mas que no ano passado se consagrou como defensor de pênaltis em momentos decisivos. Tadeu, aliás, viveu um momento parecido em março deste ano, quando defendeu um pênalti e converteu uma cobrança em um jogo contra o Red Bull que terminou com a vitória afeana por 3 a 1 no Troféu do Interior. “O Tadeu me mandou uma mensagem e eu também mendei para ele. Ele estava acompanhando o jogo. O Tadeu não é apenas um colega, é um grande amigo, virou um irmão. Apesar de ser mais novo, ele me ensinou pra caramba aqui e essa questão de pegar pênalti eu consegui aprender um pouquinho com ele. Se um dia eu conseguir chegar perto do que o Tadeu foi para a Ferroviária, para mim já estará bom”, completou Gabriel Leite.

 

 

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