InícioEsporteGoleiro da Ferroviária comanda melhor defesa do torneio

Goleiro da Ferroviária comanda melhor defesa do torneio

Gabriel Leite fala sobre o início de sua carreira e o reinício em Araraquara

Melhor defesa entre os semifinalistas da Copa Paulista com 14 gols sofridos, a Ferroviária tem no goleiro Gabriel Leite, seu capitão, um dos responsáveis pela boa fase defensiva. Além de pegar pênaltis, também bate, como fez na disputa de penalidades nas quartas de final do torneio, contra o Novorizontino. Revelado pelo Paraná, já marcou três gols na carreira, foi campeão do Troféu do Interior com o Oeste e hoje é o capitão do time que busca o bicampeonato.

Sem sequer saber em que posição jogaria, Gabriel chegou aos 10 anos no Paraná, após peneiras feitas em escolas da região de Curitiba. Ficou no clube até os 22. “Eu jogava na linha em uma escolinha. Um dia, faltou um goleiro e eu fui para o gol e gostei. Na escola comecei a ser goleiro, pessoal elogiava. No dia da peneira eu fui e nem sabia qual posição jogar, resolvi ir para o gol na hora e passei”, lembra Gabriel.

Foram 12 anos no Paraná, passando por toda categoria de base até o time principal, onde foi titular no final de 2007 e metade da Série B de 2008. Entre os anos de 2009 e 2010, foi emprestado para Ituano, São Bento e União Barbarense, até o fim do seu contrato. Em 2011 chegou ao Oeste, onde foi campeão do Troféu do Interior, passou depois por União Ferroviário, Atlético Sorocaba e Boa Esporte, até se fixar no gol do Luverdense em 2012.

Em 2015, se transferiu para o Red Bull, rival desta semifinal. Mas, voltou para o Luverdense no final do Paulistão daquele ano. Na temporada 2018 transferiu-se para a Ferroviária. “Eu quis retornar ao cenário do futebol paulista. Jogar a Copa Paulista que eu estava um tempo sem jogar. Eu precisava dar um up na minha carreira. Então por tudo isso achei importante. Também teve o projeto da Ferroviária que eu gostei muito. Novos rumos foi o principal, foi importante”, contou o Gabriel Leite.

Como foram os 12 anos no Paraná?
Gabriel Leite: Aprendi muito no Paraná. Era bom, eu era da cidade, minha família era de lá, então era muito tranquilo. Mas, por ser da cidade, estar em casa tinha uma pressão a mais, pela família também. Esse início no Paraná foi muito bom para mim, muito mais prós do que contra.

A Ferroviária sofreu 14 gols em 18 jogos e o Red Bull 17 gols sofridos no mesmo número de jogos. O que pode falar desta partida entre boas defesas?
GL: Júlio é um grande goleiro, veio de time grande. Além de ser bom goleiro é uma excelente pessoa. Acredito que será um duelo interessante, muito estudado. Eles têm uma defesa muito bem definida, acredito que será um jogo muito difícil. Vamos ter que pensar bem no jogo para furar a defesa deles.

Sobre o confronto entre Ferroviária e Red Bull o que projeta?
GL: Projeto um confronto difícil. A equipe deles é muito qualificada, fizemos dois jogos contra eles já, são jogadores de muita qualidade. São duas equipes que gostam de propor o jogo, acredito que serão dois grandes jogos. Espero que possamos jogar bem e sair com a vaga da final. São equipes qualificadas. Jogos assim, decisivos, geralmente são decididos nos detalhes. A concentração, atenção e leitura de jogo com certeza serão os diferenciais nestas decisões.

Qual era o goleiro em que você se inspirava?
GL: Quando era novo, não tinha um goleiro que admirava. Mas, depois que iniciei a carreira eu gostava muito de ver o Rogério Ceni jogar. Por ele ser um dos primeiros a usar os pés, é algo que gosto de usar. Então ele foi dos goleiros me espelhei no início da minha carreira.

Por que decidiu ser um goleiro que usa os pés, bater pênalti e falta?
GL: Acho que no futebol moderno o goleiro já é utilizado como construtor do jogo. Tento sempre trabalhar bem, para ajudar quando necessário no jogo. Já marquei três gols durante a partida, todos de pênalti. De falta eu ainda não fiz.

Qual foi o grande momento como torcedor na sua vida?
GL: Como torcedor me lembro de criança e adolescente, eu e meu pai indo assistir aos jogos do Paraná. Em 2006, o título paranaense foi um dos meus últimos momentos como torcedor. Eu já jogava na base da equipe, mas ainda tinha aquele sentimento de torcedor. Depois que você vira profissional isso muda um pouco.

O que a Ferroviária representa para você?
GL: A Ferroviária para mim é um reinicio. Fiquei muito tempo lá no Luverdense. Vim para abrir novos horizontes, retornar ao futebol paulista. Me representa um recomeço, já é quase um ano de Ferroviária, é um clube que já é minha casa.

 

 

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