A greve dos motoritas da Paraty, deflagrada na manhã desta sexta-feira (3), atingiu mais da metade das linhas operadas pela empresa em Araraquara. O movimento foi articulado após a demissão de um grupo de motoristas que, segundo a empresa, tentava tumultuar as negociações da data-base. Eles receberem cartas de demissão por justa causa entre o final da tarde de quinta-feira (2) e a madrugada desta sexta. Eles faziam parte da comissão que negociava com a empresa algumas reivindicações, como reajuste salarial.
Desde as 5h, os manifestantes se concentraram em frente a garagem da empresa. Muitas pessoas ficaram sem o transporte coletivo em vários bairros.
No período da tarde, um grupo de aproximadamente 50 motoristas e cobradores da Viação Paraty protestou contra a demissão dos colegas. No decorrer do dia, mais 3 pessoas foram desligadas da empresa. Os funcionários caminharam pelas ruas do centro da cidade e se concentraram em frente a prefeitura por volta de 15h30. O grupo espera ser atendido pelo prefeito Edinho Silva.
As linhas urbanas da Viação Paraty estão operando, porém com menos ônibus. A empresa entrou com um pedido de liminar no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Campinas. A alegação da empresa é que a greve é ilegal porque foi deglagrada sem aviso e dentro do prazo de negociação das reivindicações. Além disso, os grevistas não respeitaram a manutenção de 70% do quadro da empresa, o que prejudicou a prestação do serviço.
A Justiça do Trabalho ainda não se manifestou sobre o caso.
Veja também:
Motoristas fazem paralisação e afetam linhas do transporte coletivo