InícioEsportePia Sundhage é apresentada como nova técnica da Seleção

Pia Sundhage é apresentada como nova técnica da Seleção

Treinadora sueca fala em trabalho passo a passo por mudanças

Recém-chegada ao Brasil, a nova treinadora da Seleção Feminina Pia Sundhage deu sua primeira entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (30), na sede da CBF. Primeira comandante estrangeira da equipe, Pia afirmou estar respirando futebol e projetou mudanças graduais no futebol feminino nacional, que devem ser o principal desafio em seu trabalho.

“O Brasil jogou bem na Copa do Mundo, a Seleção Brasileira precisa de mudanças, mas não precisa ser uma mudança muito radical. Também não pode ser uma mudança muito pequena. Chego com uma vasta experiência para balancear e encontrar a mudança que faça a diferença. Para isso, preciso conhecer bem a equipe e ser muito respeitosa em torno das fortalezas do time”, declarou.

Foi nesse mesmo tom de “pés no chão” que Pia avaliou o ciclo olímpico para os Jogos de Tóquio 2020. Finalista das últimas três edições e bicampeã olímpica, a treinadora reforçou que é preciso organizar o trabalho para projetar resultados. “Precisamos trabalhar muito e dar o primeiro passo. Antes de pensar em medalha, pensamos pensar nas práticas. Ao fazer o dever de casa, as coisas acontecem”, afirmou.

Pia Sundhage também falou sobre o trabalho de base, um dos pontos destacados pelo presidente da CBF, Rogério Caboclo, no anúncio da contratação da sueca. A treinadora, que esteve à frente da seleção sub-17 de seu país, reforçou a importância da formação de atletas em um trabalho a longo prazo. “Precisamos priorizar algumas coisas no Brasil. Se quer que a seleção jogue um futebol excelente não só ano que vem, precisa ter o sub-20 e sub-17 jogando muito bem”, avaliou.

 

Mistura de estilos

Depois de uma carreira dentro de campo e disputar 144 jogos como atleta pela Suécia, Pia ainda representou seu país como treinadora durante a Euro de 2013, Copa do Mundo de 2015 e Jogos Olímpicos de 2016. Antes disso, comandou os Estados Unidos, potência mundial do futebol feminino, com dois ouros olímpicos, em 2008 e 2012, além de um vice-campeonato mundial em 2011. Toda essa experiência tornou Sundhage uma especialista em dois estilos que pretende colocar em prática no Brasil.

“Eu traria a mentalidade americana, porque jogam 90, 92 minutos com muito esforço e, embora tenham um ego muito grande, são as melhores jogadoras em equipe. Na Suécia, a organização para se defender foi algo que fizemos bastante em 2016. Se eu conseguir unir o melhor dos Estados Unidos e da Suécia nessa equipe fantástica do Brasil, teremos uma jornada interessante”, projetou.

Por fim, a treinadora falou sobre a pressão por resultados no Brasil, e foi categórica em sua resposta. “É um privilégio jogar sob pressão, ser treinadora sob pressão. Nos meus primeiros campeonatos, não havia essa pressão e isso foi aumentando gradualmente. É bom que a mídia dissemine a mensagem de que o futebol feminino é importante”, finalizou.

 

 

 

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